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O eclipse parcial de Lima explica, em parte, o abrandamento da marcha triunfal do Braga. A ambição de alcançar a liderança do campeonato, que continua a ser matematicamente possível, foi contrariada por derrotas frente ao Benfica, na Luz, e FC Porto, no Estádio AXA, dois adversários diretos na tal luta pelo título que nunca foi assumida pelo técnico Leonardo Jardim, e o fim do admirável rasto de 13 vitórias consecutivas ficou assinalado, precisamente, pelo último golo do avançado, apontado à Académica. Em jejum há duas jornadas seguidas, o melhor marcador do campeonato, com 19 disparos certeiros, mais um do que o benfiquista Cardozo, está naturalmente interessado num rápido reencontro com os golos, mas a próxima oportunidade (visita ao Paços de Ferreira) é tudo menos favorável do ponto de vista histórico: desde que chegou a Portugal, em 2009/10, inicialmente para representar o Belenenses, nunca teve o prazer de atirar a matar na Mata Real.
Curiosamente, o próximo adversário até costuma ser um petisco irresistível para o monstro goleador do Braga: esta época, contribuiu com dois golos para uma goleada das antigas aplicada ao Paços, (5-2), ficando associado ao princípio da inédita marcha triunfal dos minhotos; já em 2010/11, brindou a mesma equipa com outro bis, em jogo da fase de grupos da Taça da Liga, vencido, de forma surpreendente, pelos visitantes da Pedreira (2-3). Resta saber se o palco dos castores continuará a significar para Lima o mesmo que a "kryptonite" para o super-homem, porque, de resto, é esmagadora a sua influência no caminho das vitórias. Basta pensar que assinou 15 dos 38 golos do Braga enquanto durou o recorde de vitórias, um antigo exclusivo do FC Porto de José Mourinho.
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