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Foi preciso esperar um ano, ao qual correspondeu uma temporada como totalista do Varzim, na Liga Vitalis, e, em plenas férias, resolveu-se tudo numa semana: o guarda-redes Marafona, 23 anos, é jogador do Marítimo, nas próximas quatro épocas. Ao segundo aceno dos madeirenses, a transferência consumou-se, a troco de uma quantia não revelada e da cedência de dois jogadores aos poveiros: o guardião Ricardo Neves e o médio-defensivo Tito.
No primeiro impacto, Marafona praticamente nem pôde sentir a mudança que este novo contrato há-de impor-lhe ao quotidiano. Nunca jogou senão no Varzim, mas, a transferência para o Marítimo ainda não implicou viajar para a Madeira. Pelo contrário: juntou-se ao plantel de Mitchell van der Gaag praticamente à porta de casa, no estágio dos madeirenses em Ofir, a poucos quilómetros da Póvoa de Varzim, e num treino particular, em pleno areal e a desaguar num mergulho no mar, que o jovem guardião dispensou. Ficou apenas a ver, como que a sentir a nova camisola, que representa "a estreia na I Liga", o "sonho de qualquer jogador da segunda", que a presença nas "competições europeias" torna ainda mais apetecível". "Junta-se o útil ao agradável", sorriu, pronto para a disputa da baliza: "Peçanha tem provas dadas no campeonato; o Marcelo, dizem-me, também é excelente. Vai ser difícil, mas, com trabalho, há-de conseguir-se".
Manhã quente em Fão
Quente e frio, assim pode resumir-se o quinto dia do estágio nortenho do Marítimo: aqueceu com a impaciência matinal de Baba, ao fim de duas horas de trabalho com bola e duas pancadas no pé direito. O avançado nunca se rendeu, manteve-se no jogo, mas, à segunda, perdeu a paciência com Briguel. Van der Gaag não hesitou em intervir e, no final, conversou com o jogador. À tarde, o treino, ligeiro, fez-se na praia de Ofir.