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Não eram mais do que dez os adeptos do Braga que esperavam a equipa, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, e não chegavam a 30 os que estavam no AXA a aguardar pelo autocarro.
No aeroporto, "para evitar uma eventual confusão entre passageiros e adeptos", explicou o intendente Coelho de Moura, chefe da área operacional da PSP do Porto, o avião que trouxe os bracarenses de Dublin até ao Porto aterrou no lado contrário à entrada principal, na denominada guarita C do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Depois de passar rapidamente do avião para o autocarro do clube, toda a comitiva rumou ao Estádio AXA, onde foram recebidos por poucos adeptos, mas suficientemente entusiastas.
À saída do Estádio AXA, já em viaturas próprias, os jogadores ouviram gritos de incentivo. Como alguns pararam para responder a questões dos jornalistas formou-se uma fila de carros, que chegou a ser extensa. Uma paragem forçada que permitiu aos adeptos arrancar uns quantos autógrafos e fotografias para guardar no álbum de memórias.
Embora com alguma pressa, compreensível, acrescente-se, Domingos Paciência parou o carro para satisfazer os adeptos que o queriam agraciar e, entre autógrafos e cumprimentos, fez um dos últimos comentários como treinador do Braga. "Sinto um orgulho muito grande neste clube. Depois de tantos dias de trabalho desde 21 de Julho merecemos todos umas boas férias", confessou o treinador que conduziu o Braga a um dos momentos mais marcantes da sua história e que, na hora da despedida, considerou que "há um sentimento de dever cumprido", o que o levou a concluir que "estes jogadores e este clube merecem isto que estão a viver".
Ainda antes de arrancar, o técnico deixou uma mensagem especial: "Muito obrigado por todo o apoio que me deram durante estes dois anos", deixou escapar, recusando-se a falar sobre o seu futuro.
No culminar de uma época histórica, a equipa bracarense será hoje recebida, por volta do meio dia, nos Paços do Concelho, por Mesquita Machado, presidente da Câmara de Braga.
