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De acordo com a revista belga "Sport Foot Magazine", o Benfica tentou contratar o actual administrador delegado do Standard Liège, Luciano D'Onofrio. "Ele foi convidado recentemente para ocupar o cargo de director geral da Juventus. Mas existe uma outra pista: [D'Onofrio] tem um contrato à espera dele no Benfica. Só falta assinar", lê-se no longo artigo, de Pierre Danvoye, sobre o futuro do clube belga. Luís Filipe Vieira, recorde-se, deslocou-se a Liège no dia 26 de Março, aparentemente para negociar a eventual contratação do médio internacional Steven Defour.
Luciano D'Onofrio - um ex-agente que a revista belga de negócios "Trends" incluiu recentemente no ranking dos dez homens mais ricos do futebol belga - adquiriu o Standard em 1999 em parceria com o milionário franco-suíço Robert Louis-Dreyfus. Os dois sócios injectaram cerca de 35 milhões de euros no clube. A partir de 2002, o Standard de Liège tornou-se praticamente auto-suficiente e nos últimos dois anos pagou, inclusive, dividendos aos seus accionistas. Luciano D'Onofrio tem manifestado publicamente a vontade de abandonar o projecto iniciado há mais de uma década com o amigo Louis-Dreyfus, entretanto falecido (2009). A viúva de Louis-Dreyfus está interessada em vender a parcela de quase 80% que detém no capital social do Standard (D'Onofrio detém cerca de 20%). O clube - campeão nacional em 2008 e 2009 - está avaliado actualmente em cerca de 30 milhões e a lista de potenciais compradores inclui investidores do Catar e de outros países do Médio Oriente, além de empresários belgas ou ainda Antonio Giraudo, ex-administrador da Juventus que abandonou o clube de Turim na sequência do escândalo "Calciopoli".
D'Onofrio tem vários interesses imobiliários na região do Porto. Luciano, recorde-se, foi "manager" do FC Porto na segunda metade da década de 80 e continua a gozar de relações privilegiadas com os novos campeões nacionais. O presidente Pinto da Costa, aliás, dedica-lhe mais do que uma referência no livro "Largos dias têm 100 anos". Onofrio foi igualmente um dos convidados presentes no último casamento do presidente portista, em Outubro de 2007. Além de vários desencontros com a justiça belga, D'Onofrio teve de responder, no passado, em vários processos instaurados em França. Ele é uma das personalidades ligadas ao futebol que sofreu maior número de condenações - incluindo multas, penas de prisão efectiva e proibição de exercer a profissão - aplicadas pela justiça francesa.
RECORTES
"Parece-me lamentável que o jornalista Pedro Cuartango tenha comparado Mourinho ao 'assassino' Tarquínio, último rei dos romanos. Que eu saiba, Mourinho não matou ninguém. Pode ter-se enganado, mas isso não confere o direito, muito menos a um jornalista, de usar a caneta como se fosse uma metralhadora"
María Dolores del Río
Secção Cartas ao Director, "El Mundo" (Espanha, 15-5-2011)
"Se tem uma coisa que parece estar em alta em Portugal (talvez a única) é o futebol"
José António Baço
"A Notícia" (Brasil, 15-5-2011)
"Para mim, esta súbita pujança das equipas portuguesas [na Liga Europa] deve-se à organização. Ao contrário do que se pensa, nada deve à formação de jogadores. As equipas têm poucos portugueses. Estão cheias de sul-americanos, argentinos, uruguaios, brasileiros. São países com quem se trabalha bem e onde se pode recrutar jogadores de qualidade e a bom preço"
Pauleta
"France Football" (França, 17-5-2011)
"O Barcelona enfrentou muitas ameaças, mas uma motivação extra ajudou o grupo: José Mourinho. A estratégia mediática do técnico do Real Madrid para desestabilizar o rival principal acabou por produzir um efeito contrário. O balneário 'azulgrana' uniu-se para fazer frente, no relvado, às indirectas e às provocações do treinador português. Contra a sua verborreia, a bola de futebol. E o resultado foi a conquista da terceira liga consecutiva"
Editorial
"El Diario Vasco" (Espanha, 12-5-2011)
FEIRA DO LIVRO
"É o mito do Encoberto, do rei oculto, do rei velado, talvez foragido em terras longínquas, talvez prisioneiro, mas que um dia vai voltar montado no seu cavalo branco, entre as névoas, para comandar o Quinto Império. História e mito, passado e presente, as pessoas hoje parecem estar destinadas a reencontrar-se na figura do novo Sebastião. O treinador vencedor que destrói a eterna inaptidão do país que nunca venceu. O 'rei que voltará numa manhã de névoa' terá o rosto nobre de José Mourinho, chamado pela História a sentar-se no banco da Selecção Nacional do próprio país para conduzir, finalmente, o povo português até à vitória final, rumo à afirmação definitiva do próprio ego e do próprio destino, rumo à imortalidade"
Federico Mastrolilli
"Mourinho immaginario - Una educazione sentimentale"
Lìmina, 2010
