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Santiago Perez, um veterano que atingiu o pico da carreira com o segundo lugar final na Volta a Espanha de 2004, mas optou pelo pelotão português depois de uma suspensão por doping, estando actualmente no modesto CC Loulé, triunfou ontem na Subida a Naranco, a prova de um dia que termina na famosa escalada às portas de Oviedo e consagrou trepadores em todas as suas 44 edições. Disputada na véspera da Volta às Astúrias, na qual tomam parte as equipas algarvias de Loulé e do Palmeiras Resort-Tavira, a corrida representou um regresso à ribalta de Santi Perez, um trepador asturiano de 32 anos, emérito contador de histórias, dono de uma escola de ciclismo com o seu nome e apaixonado pelo jornalismo. Perez bateu o seu conterrâneo Andrés Antuña (Burgos 2016), mas também o português André Cardoso, do Tavira, que entrou na quarta posição.
Esta vitória foi um sinal de vida de uma carreira que esmoreceu após um controlo positivo por transfusão homóloga em Outubro de 2004. Depois de dois anos de suspensão, o corredor espanhol, que saltara para a ribalta ao serviço da Barbot, regressou à competição ao serviço da Relax, para no ano seguinte rumar ao modesto CC Loulé. O ano passado vestiu as cores da Madeinox-Boavista antes de regressar à casa algarvia, à qual ofereceu ontem a primeira vitória internacional. O sucesso de Perez nas suas terras - é natural de Grado - foi uma boa notícia para a mais modesta equipa do pelotão nacional, que perdeu recentemente os seus dois principais corredores, Eladio Jimenez e João Cabreira. O primeiro acusou EPO durante a última Volta a Portugal, e Cabreira foi suspenso até Fevereiro de 2011 depois de o Tribunal Arbitral do Desporto considerar que violou as regras antidopagem.
