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Só há vagas para os melhores na linha ofensiva do Guimarães idealizada para a próxima época. Atentos às possibilidades que o mercado vai oferecendo, os responsáveis vitorianos têm vários jogadores referenciados para as posições de médio-ofensivo e ponta-de-lança, mas os alvos preferenciais chamam-se Juliano Spadacio e Mário Rondón, respectivamente. Em princípio, o primeiro objectivo será mais fácil de alcançar, pois o antigo jogador do Nacional considera-se actualmente um jogador livre, depois de ter rescindido com os romenos do Rapid de Bucareste há pouco mais de duas semanas, alegando justa causa, por ordenados em atraso. Desejado pelo Copenhaga (Dinamarca) e com mais duas épocas de ligação ao Paços de Ferreira, Rondón só poderá deixar de ser um desejo para se tornar numa realidade caso o Guimarães apresente uma proposta financeira convincente ao clube dos "castores".
Ora, dinheiro para grandes investimentos é coisa que os minhotos não estão muito dispostos a despender. Basta pensar que os três reforços já assegurados para 2011/12 (Paulo Sérgio, Leonel Olímpio e Rodrigo Defendi) foram todos contratados a custo zero, pelo que a eventual chave para um acordo será a partilha do passe do internacional venezuelano, na perspectiva de uma posterior transferência, já depois de se valorizar um pouco mais em jogos da Liga Europa. O Paços de Ferreira já está a par do interesse do Guimarães na contratação de Rondón, mas continua a aguardar por uma proposta concreta do Copenhaga ou de outro clube estrangeiro no sentido de fazer um bom negócio.
Estreado por Manuel Machado no futebol português em 2005/06, ao serviço do Nacional, Spadacio situa-se neste momento num patamar mais elevado em termos de negociações, tendo já recebido uma proposta de contrato com a validade de duas temporadas, correspondente em salários a 700 mil euros (350 mil por época). A parada é alta, mas o Guimarães ainda corre o risco de perder o médio criativo brasileiro, de 30 anos, para o Japão, onde pagar bem não é problema para a generalidade dos clubes. Com larga experiência no futebol europeu, Juliano Spadacio encantou em Portugal e, já no Rapid, ganhou a alcunha de "máquina", rivalizando com as principais estrelas do campeonato romeno. De férias no Brasil, o candidato a 10 vitoriano equaciona o que será melhor para a sua carreira: um bom contrato ou o regresso a Portugal, através de um Guimarães europeu.