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>Jogos Olímpicos são uma miragem
Em 1992, o hóquei em patins, de forte implantação na Catalunha, foi a exibição nos Jogos de Barcelona, mas não vingou, e José Querido, em poucas palavras, desvenda: "O que faltou foi a força do dinheiro, porque o hóquei tem espectáculo, emoção e incerteza no resultado, ou seja, tudo o que um desporto precisa." A estética, por si, não convence quem decide, bastando o exemplo do monótono e estático, mas abastado, golfe, já com lugar certo no Rio'2016. Os critérios passam pela obrigatoriedade de a modalidade ser praticada em 73 países, de quatro continentes (50 na versão feminina), mas aí é possível questionar a razão pela qual o pentatlo moderno, actualmente sem expressão mundial, e o halterofilismo, com muitos problemas de doping, se mantêm olímpicos. "Há movimentações de bastidores que não se controlam e a falta de credibilidade do hóquei, que a nível do marketing está atrasadíssimo, persistiu no pós-Barcelona", concluiu Pedro Nunes, que no Mundial deste ano, teve uma experiência como seleccionador de Moçambique, levando o país a uma inédita medalha de bronze.