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João Moutinho não deve ser um caso isolado em novo volte-face no onze do FC Porto. É certo o regresso de Kléber à equipa inicial (é uma equação simples, aliás, dada a indisponibilidade de Walter), mas James Rodríguez também é um fortíssimo candidato à titularidade, à imagem do que tem acontecido ao longo da prova europeia. Apesar do voluntarismo de Varela, o somatório das suas actuações contra Nacional e Paços de Ferreira não lhe garante continuidade na Champions, onde é natural que Vítor Pereira reforce a aposta no seu tridente ofensivo de eleição, que contempla Hulk, James e Kléber.
Será o regresso à primeira forma para um jogo decisivo e no qual o FC Porto quer assumir as rédeas. Os dragões perderam em São Petersburgo e empataram em casa com o mesmo APOEL, pendendo agora sobre a equipa a ameaça de um terceiro jogo consecutivo sem ganhar na Europa, algo que não acontece desde 2008/09, quando, já na fase a eliminar, o conjunto de Jesualdo Ferreira somou dois empates com sabor a qualificação (Atlético de Madrid) para depois empatar em Old Trafford e ser eliminado em casa pelo Manchester United.
O FC Porto precisa de golos e entrega a tarefa a quem melhor a tem desempenhado esta temporada. James assistiu contra o Shakhtar (no 2-1, marcado por Kléber) e abriu o marcador contra o Zenit, partida que deixou ao intervalo por força da expulsão de Fucile, momento de viragem no jogo e, acrescente-se, nesta caminhada europeia.
Depois de dois jogos que revelaram a inquietação de Vítor Pereira face ao rendimento de alguns jogadores, procurando o técnico dar um cunho próprio ao onze, Moutinho e James reclamaram, com uma entrada revolucionária frente ao Paços de Ferreira, um regresso às primeiras opções. Até neste contexto sai vincado o nome de Mangala como face visível do FC Porto de Vítor Pereira, mas o treinador já conseguiu, com as últimas opções, demonstrar que a sua margem de manobra não se esgota no onze-tipo de Villas-Boas.
