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Ibagué paralisou com a chegada de James Rodríguez. O jogador do FC Porto passou pela cidade onde nasceu para o futebol como uma celebridade, com meios de segurança próprios de artistas de cinema, ou de uma estrela de rock, mas sem perder a humildade que sempre o caracterizou. "É divino, amo-o, morro por ele", gritou Daniela Cruz, presidente do clube de fãs de James Rodríguez em Ibagué, histérica com a presença do jogador colombiano.
No Estádio Manuel Murillo Toro a tribuna ocidental encheu só para ver James receber um prémio das mãos do presidente da câmara local, Luis H. Rodríguez. Na cerimónia, foram distinguidos jogadores tolimenses que triunfaram no estrangeiro, mas todo o espectáculo montado acabou ofuscado com a presença de James, o verdadeiro centro das atenções.
Os dias em Ibagué não são fáceis para o extremo do FC Porto. Todos querem tirar uma fotografia com ele, todos dizem conhecê-lo, outros admiram-no, poucos se mostram indiferentes, mas não há dúvidas de que James é uma verdadeira atracção, não só pelas massas que move, mas também porque aparece sempre com a sua esposa, Daniela, ao lado, e com a mãe (Pilar Rúbio), para além de duas dezenas de amigos que o acompanham em permanência. "James é um homem que não perdeu a humildade, ainda que eu continue a vê-lo como uma criança. Adora partilhar com os seus amigos, jogar com eles, não perdeu a humildade e isso vai levá-lo muito longe", disse Pilar Rúbio.
O jogador do FC Porto já se tinha destacado pelo seu sentido de solidariedade em várias ocasiões, tendo oferecido alimentação e brinquedos a crianças deficientes, tal como aconteceu no passado dia 23 de Dezembro, no hospital Federico Ileras, onde chegou como um verdadeiro Pai Natal, distribuindo prendas. Mas a sua sensibilidade também se percebe no dia-a-dia, na forma como se relaciona com os amigos, continua a mesma criança, sabe ser brincalhão, rir e até fica aborrecido quando marcam um golo à sua equipa nos jogos com os seus amigos. Sorri também, pensa e, no final, cheio de timidez, diz o que pensa.
Com 20 anos, James Rodríguez não saberá até onde o seu talento o poderá levar, talvez a sua maturidade seja tão grande que até se esqueça que tem uns pés de ouro, ou a criança que ainda vive nele faça com que se apague o grande jogador que já é e que começa a despertar a Europa. Fica com um sorriso no rosto, sinal do futuro brilhante que o espera, ou pode ser que seja apenas o sorriso pelo presente tão harmonioso que vive actualmente.