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>"Há muitos anos que não se via assim a Avenida dos Aliados"
Como viu a festa nos Aliados?
Os jogadores que se juntaram a nós este ano precisavam de ter a noção do que é representar este clube e da envolvência que a cidade tem com ele. Foi uma noção de empatia total, porque a expressão máxima do adepto portista quando ganha é espalhar a euforia em público. A Avenida dos Aliados sempre foi o destino preferido, histórico e culturalmente. Obviamente, na era actual não é possível visitar a Câmara do Porto, o que é uma tristeza para nós. Acontece em todos os lados do mundo, menos nesta cidade. Há muitos anos que não se via uma Avenida dos Aliados assim.
Sendo esta a última conferência de Imprensa da época, que momento destaca da temporada?
É difícil. As coisas foram acontecendo com grande sucesso, mas a equipa esteve sempre focalizada no jogo a jogo. É uma mensagem contínua dos treinadores, mas é uma realidade. O grande mérito do grupo é saber encontrar motivações constantemente e traçar objectivos curtos e consegui-los. Esses objectivos curtos levaram-nos a atingir os grandes a longo prazo.
É possível repetir esta época?
É muito complicado. Compreendo as exigências e os sentimentos de euforia dos adeptos, mas não sendo impossível repetir esta época, é complicado. Pode não voltar a acontecer e é importante que se tenha a noção do que foi atingido: campeonato sem derrotas, Liga Europa e Supertaça e a oportunidade de vencer a Supertaça Europeia. E uma final da Taça de Portugal quando poucos esperavam. Os objectivos reinventam-se e este clube sente sempre a necessidade de ganhar. Temos que nos reinventar nas nossas ambições. O objectivo principal para o ano é o campeonato e esperemos que os adeptos sintam sempre orgulho no que fizemos, que não tenham a memória curta.