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>O Tribunal de O JOGO
Golo (muito) mal anulado e erros disciplinares
O Tribunal de O JOGO é categórico: Lucílio Baptista cometeu um erro grave, embora por culpa do seu assistente principal, que lhe deu indicação para anular golo limpo de Di María (22'). O jovem argentino estava em posição absolutamente legal. Já em termos disciplinares, os especialistas de O JOGO detectam falhas no trabalho de Lucílio - António Rola considera mesmo que Pouga devia ter sido expulso (33').
Momento mais complicado
22'
Di María aparece isolado e bate Diego, mas o golo é anulado por fora-de-jogo. Decisão certa?
Jorge Coroado
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Errada. Di María estava em posição regular no momento em que Cardozo lhe endossou a bola. Venâncio Tomé precipitou-se, induzindo o árbitro em erro, que podia ter tido custos muito elevados.
Rosa Santos
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Não. Não há dúvida nenhuma de que Di María não estava em fora-de-jogo. No momento do passe, está em posição perfeitamente legal. Esteve muito mal o assistente.
António Rola
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Di María, no momento em que o seu colega lhe passou a bola, estava claramente em posição legal. Não se aceita a este nível de competição uma tão grande desatenção do árbitro assistente.
Outros casos
6'
Nuno Silva atinge Di María. Além da falta, que é assinalada, devia ter havido cartão?
33'
Pouga envolve-se com Di María. Este cai, queixando-se de ter sido agredido. Com razão?
44'
Luisão carrega Pouga. A sanção técnica é suficiente ou impunha-se acção disciplinar?
70'
Fábio Coentrão, já com cartão amarelo, joga a bola com o braço. Devia ter sido expulso?
Jorge Coroado
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Foi a primeira falta do género, mas não deixou de ser dura e a justificar sanção disciplinar que o árbitro não executou.
+
Não houve agressão absolutamente nenhuma. Pouga quis afastar o adversário e tocou-lhe na face. Esteve bem o árbitro.
-
Luisão foi intempestivo na forma como abordou o lance, desrespeitoso para o adversário, justificando cartão amarelo que não aconteceu.
+
Não, porque não cortou uma jogada comprometedora, menos ainda uma linha de passe. Não havia necessidade de sanção disciplinar.
Rosa Santos
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Sim. Devia ter havido cartão amarelo. O jogo começa no primeiro segundo. Não há que branquear as situações.
+
É um lance normal. O Pouga está a tentar ganhar posição em relação a Di María, tentou afastá-lo e mais nada.
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É uma falta normal, não vejo motivo para cartão.
-
Não. Há realmente um lance de braço na bola, mas não há intenção de enganar o árbitro.
António Rola
+
Tendo em consideração que estamos no início do jogo, não há reincidência do jogador faltoso, aceito que tenha ficado pela sanção técnica.
-
Decerto que o árbitro não terá observado o lance, mas, através das imagens, constata-se que Pouga dá uma bofetada em Di María. Assim, ficou por exibir cartão vermelho a Pouga.
+
Luisão tem uma forma peculiar de jogar, utilizando a sua condição física. Interpreto daqui que fez uma falta somente para sanção técnica.
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Não. Fábio Coentrão efectivamente dominou a bola com o braço, mas a falta em si não é merecedora de sanção disciplinar. Esteve bem o árbitro.
Apreciação global
Jorge Coroado
Arbitragem feita muito defensivamente, em que qualquer contacto era considerado falta. Não teve em consideração as condições do terreno. Justifica-se e impõe-se que faça melhor.
Rosa Santos
O senhor Lucílio Baptista não anda mais do que aquilo. Não teve grandes problemas para resolver, mas, com má actuação do assistente, influiu no resultado. Não faz com que o jogo seja fluído.
António Rola
Num jogo manifestamente competitivo, terá pecado o árbitro no aspecto disciplinar e, aos 22', não teve a ajuda necessária e correcta. Sendo assim, foi uma arbitragem não totalmente conseguida.