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O caso Éder parece cada vez mais longe do fim. Ontem, terá sido dado mais um passo que pode extremar as posições entre o jogador e a Académica, que promete levar o assunto à FIFA. O avançado faltou ao treino vespertino, no dia do regresso ao trabalho, depois de um domingo de folga. Contrariamente ao previsto, o início da preparação do jogo com a Oliveirense, relativo à segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, teve lugar à porta fechada.
À hora a que a equipa orientada por Pedro Emanuel treinava no Bolão, o jogador estaria, ao que tudo indica, numa unidade hoteleira de Lisboa, local para onde terá ido, no sábado, depois de abandonar a reunião, no Porto, onde estaria a ultimar os pormenores da transferência para o West Ham. O clube inglês já tinha acordo com a Académica para o empréstimo até ao final da época. Aliás, o desaparecimento de Éder levou, inclusivamente, os dirigentes dos estudantes a apresentarem uma queixa-crime na Polícia Judiciária do Porto.
Certo é que o futebolista que, no domingo, dissera não ter fugido nem desaparecido, não apareceu, ontem, no Bolão, embora o carro dele continue estacionado na Academia Dolce Vita, mas, agora sem qualquer obstáculo pela frente e com os pneus cheios (cenário diferente do que se verificava na véspera). O dia de hoje afigura-se decisivo neste processo, pois encerra o mercado de transferências e, caso Éder não saia, poderá arriscar-se a não vestir mais a camisola da Académica, até final da época, altura em que será um jogador livre. Ontem, fonte da Briosa dava conta, através da agência Lusa, dos passos que o clube pretende dar: "Vamos apresentar queixa na FIFA contra os empresários Salem Alwad Jawad e Pedro Romão por tentativa de aliciamento ao nosso jogador quando estava em negociações." O caso ainda deverá fazer correr muita tinta.
Empresário FIFA admite recorrer às vias judiciais
Confrontado com a intenção da Académica, de apresentar queixa na FIFA, o empresário Pedro Romão foi lesto a responder: "As notícias com que acabo de ser confrontado, a serem verdadeiras, são revoltantemente falsas, pelo que as considero atentatórias do meu bom nome e dignidade pessoal e profissional. Razão pela qual remeterei de imediato este assunto para contencioso a fim de serem intentadas as medidas judiciais que se tenham por convenientes, entre o mais, a participação-crime pelo delito de difamação".
