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A confirmação das saídas de Sílvio e Vandinho deram o mote para lançar a revolução que se anuncia para 2011/12. Os dois não serão os únicos a sair, sendo que o fim de ciclo é evidente e mais se tornará quando ficarem definidos todos os nomes do actual plantel que o deixarão no próximo Verão. Artur, Paulão e Rodriguez são outros três elementos fundamentais do sector mais recuado cujo futuro já se sabe ser longe de Braga. Mas haverá mais saídas, sejam por empréstimo, dispensa ou transferência. O plantel perderá seguramente uma dezena de jogadores, a que se somarão pelo menos 12 contratações para completar um grupo que se deseja mais largo e competitivo do que o actual.
A gestão de António Salvador vai abordar 2011/12 como fez em 2008/09. Ou seja, encerra um ciclo (muito bom) e abre uma nova era. A mudança que causa mais impacto é a de treinador. Tudo o resto andará à volta disso e em função das preferências de Leonardo Jardim. Mas também será ditado em grande parte pela lei do mercado, que levará alguém do Minho entre Junho e Julho. Candidatos há vários e o presidente da SAD não deverá abdicar da possibilidade de ganhar dinheiro após uma época em que a Liga Europa ajudou, e de que maneira, a valorizar jogadores. Lima, Hugo Viana e Salino são bons exemplos. E ainda há Alan, blindado por uma cláusula de rescisão curta (um milhão de euros) quando comparada com o seu valor.
Entre os jogadores que têm contrato, nem todos permanecerão. Para uns, como Aníbal, Guilherme ou Keita, o Braga preconiza evolução noutro clube inferior. O empréstimo é a solução evidente. Outros, como Marcos, Meyong ou Hélder Barbosa, pela escassa utilização na temporada finda, serão casos a reavaliar, em função das preferências do novo treinador e da vontade dos ditos jogadores.
Dúvidas são ainda Kaká e Paulo César. O primeiro tem contrato com o Hertha de Berlim e apesar do interesse não é certo que a SAD o consiga resgatar em definitivo. Quanto a Paulo César, com mais um ano de contrato, lançou a dúvida na sua página de perfil do Facebook, ao dar como incerta a permanência na capital do Minho.
Valorização europeia mas não financeira
O impacto da Liga Europa na valorização do plantel é evidente. A maioria dos jogadores que sairão do Braga passarão para patamares financeiros muito superiores e representarão clubes com um histórico de outra dimensão. Mas a SAD arsenalista só lucra, para já, com a venda de Sílvio ao Atlético de Madrid. Felizmente para António Salvador, a quantia que os colchoneros pagarão (fala-se em quatro ou cinco milhões de euros) será suficientemente alta para o satisfazer, mas não apaga as perdas a custo zero que se perspectivam: Artur para o Benfica, Rodriguez para o Sporting e Paulão para um emblema estrangeiro. Aliás, o próprio Vandinho sai sem oferecer lucro ao clube, embora este seja um caso substancialmente diferente. Se a SAD quiser facturar mais, então terá de se desfazer dos jogadores cujo valor de mercado é mais elevado, como são Lima ou Hugo Viana. Pretendentes não faltarão para qualquer um deles.
Jogadores que saíram a meio da época
Felipe (guarda-redes)
destino: Flamengo
Elton (avançado)
destino: Vasco da Gama
Luis Aguiar (médio)
destino: Peñarol
Matheus (avançado)
destino: Dnipro
Moisés (defesa-central)
destino: Al-Rayyan
George Lucas (lateral-direito)
destino: Avaí
Leo Fortunato (defesa-central)
destino: Bahia
