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>"Fechar com chave de ouro seria fantástico"
Sem outra pressão que não seja a dos três troféus da Taça da Liga que, em quatro edições da prova, foram parar ao museu do Benfica, Paulo Alves quer que esta final inédita seja, para o Gil Vicente, a "festa" que a proeza merece. "É um momento importante para o clube, e tudo faremos para honrar essa história de quem regressou recentemente aos grandes palcos. Juntar-lhe uma vitória amanhã [hoje] seria fantástico", avisou Paulo Alves.
O que se pode esperar do jogo para que o Gil Vicente possa fazer história?
A nossa forma de estar, em relação seja a que jogo for, é de máximo respeito pelo adversário. Sabendo que vamos defrontar o Benfica, temos de perceber qual a sua dimensão, até por ser a sua quarta final nesta competição, com jogadores e um treinador muito mais experimentados do que nós nestas andanças. Mas isso não quer dizer que vamos temer ou ter receio seja do que for. A nossa abordagem será a mesma, sem receio algum, acreditando que é possível ganhar. Já o referi anteriormente: as finais são para se ganhar. Não sei se vamos atacar mais pela esquerda, mais pela direita, mas vamos fazer tudo para ganhar. O que espero é que seja um bom jogo, uma festa e que, no final, quer o Jorge Jesus quer eu estejamos aqui a falar de um grande jogo de futebol e que, vencidos ou vencedores, todos sejam dignos.
O Benfica de Jorge Jesus, que apadrinhou a sua estreia no primeiro escalão como treinador principal, é o único dos três grandes que não venceu, mas marcou sempre. Será essa a atitude para a final?
Será o terceiro confronto entre Gil Vicente e Benfica. É verdade que foi o primeiro jogo da época, mas creio que não haverá relação especial com os dois anteriores. Nesses, o Gil Vicente foi sempre uma equipa digna, muito séria na abordagem ao jogo, contrariou, em muitos momentos desses 180 minutos, uma grande equipa. Neste último, o Benfica estava num excelente momento e resolveu a partida pela mais-valia técnica dos seus jogadores, mas em termos de empenho, de entrega, de qualidade de jogo, equivalemo-nos; é isso que queremos voltar a fazer. Temos marcado sempre ao Benfica; esperamos marcar novamente. Temos de o fazer se queremos ganhar, mas sendo uma equipa atrevida, séria, com princípios bem definidos. Com estas equipas, se não os tivermos, se não houver uma consistência e uma capacidade de sofrimento muito grandes, tudo se torna difícil. Temos as nossas armas e vamos fazer com que elas prevaleçam para que possamos no final dizer que valeu a pena todo este caminho. Fechar esta competição com chave de ouro seria extraordinário.
O facto de ter vencido os outros grandes, mas não o Benfica, é um fator de pressão ou de motivação?
É um desafio para os meus jogadores. Funcionará como um desafio, tentaremos que assim seja: poder, porque não?, ganhar ao Benfica. Vamos apostar nisso, mas sabendo sempre que o Benfica tem essa componente motivacional de nos últimos anos ser o "dono" desta Taça. Isso funcionará como motivação para os jogadores do Benfica e como um desafio enormíssimo para nós. Será mais uma demonstração de que as nossas vitórias com os clubes de maior nomeada não foram por acaso.
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