Corpo do artigo
Havia quem colocasse reticências à aposta num treinador tão jovem e com apenas 23 jogos na I Liga, mas se não foram os sorrisos que ajudaram a que hoje seja o incontestável treinador do FC Porto, a simpatia, para além dos resultados, terá ajudado para que a relação do treinador com os adeptos portistas toque a perfeição.
Depois da vitória de anteontem, em casa do até então invicto Olhanense, André Villas-Boas viveu mais um momento da fama e do sucesso que a ligação ao FC Porto lhe tem proporcionado. Interpelado por um adepto portista de Olhão, o treinador foi confrontado com o inusitado e pouco habitual pedido "dá-me o teu casaco", frase já vista em cartazes e bancadas um pouco por todo o Portugal, mas com a qual o treinador teve de lidar de viva voz. "Eh pá, o casaco não", começou por dizer para, sem se deter, acrescentar a proposta da gravata.
Ora, como o treinador do FC Porto ia a caminho da conferência de Imprensa, que se seguiu ao triunfo por 3-0, propôs ao adepto que esperasse que um funcionário do FC Porto fosse ao balneário buscar a gravata que utilizara durante o jogo com o Olhanense. Seguiram-se curtas e bem dispostas negociações entre adepto e treinador, acabando o acordo por ser alcançado quando Villas-Boas aceitou ir ele próprio ao balneário buscar a tal gravata, forma encontrada para compensar a resposta negativa ao pedido do casaco.
Recebida e autografada a gravata, o adepto ficou com uma história para contar. Aliás, logo fez questão de a contar aos jornalistas.
