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>HISTÓRIA do jogo
Um grupo de adeptos estragou a festa já de si desconsolada dos jogadores encarnados
Equipa insultada e clima tenso
Nolito, isto não é o Barcelona", gritou um adepto para o jogador espanhol quando este saiu, no final do encontro, em direção ao autocarro, ia então com uma criança ao colo. Aproveitando a ideia expressa por Jorge Jesus na véspera, não se pode tomar a parte pelo todo, pelo que os protestos no final do encontro de ontem não representaram todos os benfiquistas presentes em Coimbra: de um lado, insultos aos jogadores, com referências à derrota com o Sporting; do outro, cartazes de orgulho benfiquista, aplausos e pedidos de autógrafos.
De qualquer forma, os protestos de um grupo de adeptos, afetos às claques, à saída dos balneários deixaram o ambiente muito tenso em torno do autocarro do Benfica. Ninguém escapou aos insultos: todos os jogadores foram alvo deles, mas também Jorge Jesus, António Carraça e o corpo de seguranças do plantel, que se conteve para não responder.
"Joguem à bola, palhaços"; "O Benfica é nosso e há de ser até morrer"; e "A vergonha do Benfica são vocês, chulos" - estas foram frases repetidas pelos adeptos revoltosos. Aliás, este foi um cenário decalcado do da época passada. Quando terminou o desafio, ficou bem claro, pois, não servir este triunfo para salvar a época. Os jogadores comportaram-se como se do final de um jogo normal se tratasse - com a balada "Someone like you", de Adele, em música de fundo -, só se entusiasmando quando receberam o troféu e deram a volta ao relvado. Ainda em campo, ouviram protestos, que acabaram disfarçados pelos aplausos.
E o troféu feito de cristal, ouro e prata? Onde foi guardado no regresso a Lisboa? Na bagageira do autocarro, entalado entre uma mala e outra de jogadores. Luís Filipe Vieira desta vez não teve de encarar os adeptos; na última deslocação a Coimbra, para a Liga, envolvera-se numa azeda troca de palavras.
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