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A anunciada saída de Djuricic do Leiria poderá não ser pacífica, caso o jogador não veja liquidados cerca de euro70 mil relativos a um contrato de imagem celebrado no início da época com uma empresa ligada à SAD. O guarda-redes sérvio não faz parte dos planos de Pedro Caixinha e a saída, no mercado de Inverno, foi já anunciada pelo presidente João Bartolomeu. Contudo, a ligação poderá prolongar-se nos tribunais, aos quais Djuricic pretende recorrer, caso as contas não sejam saldadas até ao fim do mês, que coincide com o termo do período de transferências. Djuricic não é o único jogador com pagamentos em atraso. São vários os que celebraram contratos relativos a direitos de imagem com uma empresa que, de acordo com informação corrente, se crê ter ligações ao Leiria. Também estes, desde Julho, não viram a cor do dinheiro. No caso do sérvio, a urgência de receber foi acentuada pela saída iminente.
Djuricic e os companheiros não são, contudo, os únicos credores da SAD, como ficou a saber-se anteontem na reunião do executivo da Câmara Municipal de Leiria. De acordo com o vereador José Benzinho, a Leirisport - empresa municipal que gere o Estádio Magalhães Pessoa - foi notificada pela Direcção-Geral de Contribuições e Impostos no sentido de cativar as receitas de bilheteira do Leiria, em resultado de 11 acções de penhora. No acordo entre a Leirisport e a SAD está previsto que as receitas de bilheteira sejam abatidas aos euro17500 que esta última tem de pagar por cada jogo efectuado no recinto municipal. Nesta época, já se vai em 11 partidas e, por causa das penhoras, o município acumulou um crédito de euro192500, que a SAD também não liquidou. Resolvida está a penhora das receitas televisivas (euro900 mil), relativa a uma dívida de euro400 mil ao FC Porto, pela transferência de Marcos António para o Auxerre (França), em 2007. Contactado por O JOGO, João Bartolomeu escusou-se a qualquer comentário.