Corpo do artigo
>Dança de técnicos já afectou uma dúzia
É a dança mais habitual no futebol: a dos treinadores. Mas poucas vezes isso se viu tantas vezes como neste Mundial. Ainda os quartos-de-final da prova vão a meio, já 12 seleccionadores abanadonaram os cargos. Uns demitidos por maus resultados, outros com saídas já programadas como o brasileiro Dunga, eliminado ontem pela Holanda. O capitão da equipa campeã do mundo em 1994 lembrou que o seu ciclo terminava mesmo neste Mundial, independentemente dos resultados.
Do mesmo não se pode gabar Raymond Domenech, um dos homens mais odiados do planeta futebol. Seleccionador francês desde 2004, acabou por criar inimigos até dentro da própria equipa. Após a humilhante participação da França na África do Sul, acabou substituído por Laurent Blanc, que foi ontem oficialmente anunciado. O antigo técnico do Bordéus terá agora de juntar os cacos nos bleus e até poderá ser obrigado a afastar alguns dos históricos da equipa - Lilian Thuram já o aconselhou a afastar de vez o capitão Patrice Evra, visto por muitos como o líder da rebelião na África do Sul.
Outro seleccionador que deixa o cargo pela porta pequena é Marcello Lippi. Campeão do mundo em 2006, regressou à selecção italiana após o fracasso no Euro'2008 com a missão de a conduzir de novo ao topo. No entanto, dois empates (frente a Paraguai e Nova Zelândia) e uma derrota com a Eslováquia ditaram o fim do percurso da Squadra Azurra. Cesare Prandelli, que abandonou a Fiorentina no final da última época, foi o escolhido para o substituir.
Destaque também para o fim do casamento entre a Grécia e o alemão Otto Rehhagel. O técnico orientava a equipa helénica desde 2001 e pelo meio conquistou o Euro 2004, mas nem o facto de ter conseguido a primeira vitória da Grécia em Mundiais lhe segurou o posto. O seu substituto é o português Fernando Santos, que assinou contrato para os próximos dois anos e foi ontem apresentado.