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Serão os 28,6 milhões de euros atribuídos pelos agentes FIFA ouvidos por O JOGO, na avaliação média conjunta dos passes de Miguel Veloso, João Moutinho e Izmailov, suficientes para alimentar o ataque ao próximo defeso, caso sejam concretizadas - como se perspectiva - as respectivas transferências? Conseguirá o Sporting adquirir activos de semelhante valia desportiva com tal encaixe? Estas são as questões que os responsáveis leoninos enfrentam num cenário de crise económica e míngua desportiva.
O dilema de José Eduardo Bettencourt e seus pares é claro, e só mesmo a presença da dupla João Moutinho-Miguel Veloso no Mundial'2010 e respectiva utilização poderá dar fôlego a uma indispensável valorização dos activos que estão na iminência de rumar a outras paragens. É desse retorno financeiro, no qual o agente FIFA Jorge Mendes poderá ter um papel decisivo (ver peça à parte), que depende a actuação e a reformulação do limitado e desequilibrado plantel leonino, que, é certo, terá um novo timoneiro na estação 2010/11.
A presente temporada não ajuda na missão, mas como frisa Jorge Baidek, "o futebol é momento", pelo que "pode mudar de um momento para o outro". "São jogadores com mercado e se [Moutinho e Veloso] jogarem no Mundial, tudo mudará", lembrou. Mas há quem, pelo conhecimento do mercado internacional, coloque um travão nas expectativas de receitas financeiras idênticas aos 25,5 milhões de euros que levaram Nani para os ingleses do Manchester United, em 2007, caso de Jorge Gama. "Face à má participação desportiva esta época, o Sporting não vai receber os valores que já recebeu em tempos", atirou. Jorge Manuel Mendes, Artur Fernandes e Nuno Patrão também avaliam os craques em baixa, numa tendência que deverá levar a uma profunda reflexão sobre a estratégia a adoptar no próximo defeso.
