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Lisboa acolheu ontem uma primeira jornada sensaborona do Campeonato de Portugal de pista. Foi uma tarde em que se evidenciaram as dificuldades, já esperadas, dos primeiros planos do atletismo português, que caminham para a última etapa de preparação rumo ao Mundial de Daegu, que se realiza dentro de um mês. A má notícia foi a ausência de Francis Obikwelu (ver peça ao lado) dos 100 metros devido a lesão que o obriga a terminar já a temporada. Sara Moreira voltou a correr 3000 m obstáculos, que ganhou no bom registo (para as condições) de 9m41,20s, mas revelou estar a atravessar um período de problemas com os tendões de Aquiles, o que não é bom sinal tendo em conta as exigências de condição física que uma corrida de obstáculos acarreta; Jessica Augusto triunfou nos 1500 m, mas, com 4m16,42s, demonstrou estar sem a velocidade de outrora, tendo já programado correr 5000 m no sábado em Londres; Rui Silva impôs-se nos 5000, mas com dificuldades, queixando-se de alguma fadiga inerente à preparação; finalmente, Naide Gomes voltou a fazer vários saltos nulos, tornando-se campeã com 6,58 m. O único que passou claramente no teste foi Marco Fortes que lançou o peso aos 20,21, começando a tornar-se corriqueiro para ele lançar para além dos vinte metros.
Foram conseguidas três melhores marcas nacionais deste ano, através de João Ferreira nos 400 m (46,69s), Liliana Viana na altura (1,82 m) e Irina Rodrigues no disco (55,83). Há ainda a considerar as melhores marcas de Inês Henriques (43.59,08) e João Vieira (39.44,91) nas pouco disputadas provas de 10.000 marcha, neste último caso um novo recorde nacional em pista.