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Como tem sido tradição no Sporting, o novo director-desportivo leonino vai sentar-se no banco de suplentes durante os jogos. Assim tem acontecido com os últimos que desempenharam a função e assim vai suceder com Costinha, que foi apresentado na última quinta-feira, iniciou funções na sexta e hoje se estreia a assistir a uma partida como dirigente do clube de que é adepto desde a infância.
Este será, fundamentalmente, um clássico para o ex-jogador do FC Porto se adaptar ao cargo que pela primeira vez desempenha na carreira. Irá, por certo, cumprimentar com afabilidade alguns dos amigos que deixou nos dragões e, no banco leonino, começar a perceber a importância da sua presença junto ao relvado, ao lado dos jogadores e das equipas técnica e médica. Nada melhor para se ir adaptando à realidade do clube... do que fazê-lo por dentro. Bem por dentro.
Sportinguista "doente", como ainda nesta última semana se assumiu, Costinha pisou pela primeira vez a casa verde e branca no dia 17 de Setembro de 1997. Foi ao serviço do Mónaco, numa partida da Liga dos Campeões que o Sporting venceu por 3-0 e o então conhecido como Da Costa (numa equipa que tinha Henry e Trezeguet) foi substituído ao intervalo. Três anos e picos depois, a 12 de Agosto de 2001, voltava a Alvalade, agora a estrear-se em partidas do campeonato. Voltou a ser titular pelo FC Porto, mas dessa vez não chegou ao fim do jogo. Dessa feita, quem sabe pela emotividade que lhe provocou a experiência, fez um disparate e acabou expulso aos 37', por acumulação de amarelos. Os dragões perderam 1-0, mas o jogador vingou-se a preceito na visita imediata ao recinto. Na época seguinte, foi ele o autor do golo da vitória portista em Alvalade. Nunca foi propriamente um goleador ou sequer um jogador com dotes artísticos, mas nessa noite bateu o guardião contrário com um pontapé... de bicicleta.
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Como jogador, Costinha defrontou o Sporting em oito partidas. Seis ao serviço do FC Porto, todas para o campeonato, e duas pelo Mónaco, emblema gaulês que o projectou no futebol europeu e mundial, na Champions de 97/98.
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Em Alvalade, foram cinco os encontros que contaram com a participação de Costinha (sempre do outro lado da barricada, claro). A estreia (no campeonato) como director-desportivo constitui, portanto, a sexta vez que pisa profissionalmente a casa leonina.
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Só por uma vez Costinha festejou uma vitória em Alvalade - festejar, aliás, nem é bem a palavra, tendo em conta que se trata do clube do coração. No conjunto dos jogos, fora e casa, os clubes do médio (FC Porto e Mónaco) somaram quatro triunfos.
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Os clubes que representou enquanto jogador: Oriental, Machico, Nacional, Mónaco, FC Porto, Dínamo de Moscovo, Atlético de Madrid e Atalanta - rescindiu com os italianos para chegar, por fim, ao Sporting.