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A falta de soluções que viabilizem a sobrevivência da colectividade e o desgaste acumulado ao longo dos últimos anos levaram a Comissão Executiva, que gere os destinos do Sport Clube Lusitânia, a apresentar a demissão na Assembleia-Geral Extraordinária realizada na noite da passada terça-feira. O impasse verificado levou à suspensão da reunião magna leonina, a qual será retomada no dia 27 de Maio, dentro do mesmo horário (20h00), também na sede do clube.
Perante o quadro actual, ganha força a possibilidade de o Lusitânia encerrar a actividade, já que, entre os cerca de trinta sócios presentes, ninguém se mostrou disponível para avançar para a constituição de órgãos sociais.
Só a constituição de corpos gerentes ou, em alternativa, uma nova Comissão Executiva pode impedir a concretização do drástico cenário que, cada vez mais, se vislumbra no horizonte - o fim do popular emblema verde e branco.
Na Assembleia Geral de anteontem foi dado a saber que o tão badalado acordo com os credores, situação considerada fundamental para a materialização do projecto de restabelecimento do clube, ainda não está finalizado.
O Relatório e Contas respeitante aos anos civis de 2008, 2009 e 2010 foi aprovado, embora tenha sido deliberado solicitar o parecer de um oficial de contas para esclarecer determinadas rubricas.
O Lusitânia debate-se com a maior crise financeira da sua longa existência (prestes a completar 90 anos), apresentando um passivo que ronda os quatro milhões de euros. Finanças, Segurança Social, Banco Português de Gestão, Agência Teles e Edifer surgem entre os credores.
No plano desportivo, a equipa principal de basquetebol disputa o Campeonato da Liga Portuguesa - o escalão mais alto da modalidade em Portugal -, enquanto o futebol alberga o quadro do Campeonato Nacional da Terceira Divisão - Série Açores.