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>Carregar contentores e ajudar a canalizar água
Vítor Mira está pela terceira vez em Angola, ao abrigo do projecto do grupo missionário Ondjoyetu ("a nossa casa", em umbundo), de cooperação com a antiga província ultramarina portuguesa e afecto à diocese Fátima/Leiria. "Estive aqui de 1991 a 1993, sozinho, e depois entre 2000 e 2005. Cuidamos das crianças, formamos a população, fomentamos a vertente religiosa e agora estamos a tratar do saneamento básico da zona", conta Vítor Mira, actualmente na região de Sumbe, Kwanza-Sul. O apelo do padre ao sempre voluntarioso Rui Patrício não se fez esperar. "Pedi ao Rui que ajudasse, com a ajuda da iniciativa Presente Solidário, da Instituição Fé e Cooperação, que tem também um projecto para Angola. Tratava-se de comprar manilhas de água, com o custo de 19 euros cada. A água aqui é barrenta, mas com a canalização que estamos a montar, as coisas vão melhorar", reforçou o ex-pároco de Regueira de Pontes.
O apelo não é de agora, e a vontade do guardião de deitar mãos à obra também não. Já antes, e também por Angola, o leão dava o corpo ao manifesto, lembra Vítor Mira: "Quando ele ainda era adolescente e, claro, jogava na formação do Sporting, aparecia sempre em Lisboa para ajudar a carregar contentores para Angola. Ia lá propositadamente, como um simples voluntário. Acho que isto diz tudo sobre quem é o Rui."