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Quim6
Passou 90' a roer as unhas, torcendo para Cardozo voltar ao topo dos melhores marcadores. Ou melhor, 84', porque, nesse momento, Castro resolveu finalmente colocá-lo à prova com um remate que defendeu para canto (e para a fotografia).
Rúben Amorim7
Entendimento perfeito com Ramires na direita, num jogo feito de constantes raides à área contrária, intercâmbios de posição e jogadas conjuntas com o brasileiro. Maxi Pereira é um dos grandes valores deste plantel, mas Rúben fez por justificar - e justificou - a titularidade.
Luisão6
Não precisou de ser o capitão imponente do costume. Com a partida resolvida desde muito cedo, relaxou e deixou-se ultrapassar mais vezes do que o costume. Nada de grave...
David Luiz6
Cedo reduzido a dez, o Olhanense fez o que pôde na frente - muito pouco. David Luiz quase não foi ultrapassado e distinguiu-se mais no trabalho ofensivo, como primeiro transportador de jogo - o que sabe fazer como poucos.
Fábio Coentrão7
Num contexto como o de ontem, frente a um adversário permeável - e ainda por cima em inferioridade numérica - dá um jeitão ter um defesa como estes. Um defesa que, literalmente, é um avançado. Nem depois do 4-0 Fábio parou de cavalgar.
Javi García6
Fez quase tanto como os centrais: pouco. Não porque jogasse mal, apenas porque pouco jogo chegava à sua área de serviço. Mais um que não precisou de jogar nos limites.
Ramires7
Foi o mais discreto da frente ofensiva. Jogou simples, o que nesta equipa de artistas também pode ser considerado uma virtude. Pôs a bola a rodar quase sempre ao primeiro toque, o que ajudou o conjunto a funcionar como um carrossel - e como Jesus gosta disso...
Aimar7
Dos seus pés é sempre de esperar um rasgo de genialidade, como o do segundo golo, a flanquear de olhos fechados para Di María. Em boa forma, a jogar com espaço e sem a pressão do resultado, há poucos como ele. Marcou o 5-0, após ressalto, mais um sinal revelador da sua inteligência - é mestre a ganhá-los adivinhando como poucos o sítio onde a bola vai cair.
Di María8
Na época passada, frente a este mesmo Olhanense, tinha marcado um grande golo, a merecer elogios de Maradona. Ontem, El Dios não viu ao vivo a sua pequena obra de arte (1-0) que acabou na baliza de Veríssimo, mas viu Jesus, que vai ter uma pena imensa de o ver mudar de ares no fim da época. Deu dois golos para Cardozo marcar... e um que Coentrão falhou.
Weldon7
O jóquer confirmou o seu estatuto. Mais uma vez, foi ele a desatar o nó, desta vez bem cedo. Não marcou nenhum golo e teve uma grande ajuda de Delson (que pôs a mão a um centro seu, cometendo penálti), mas, mais uma vez, contribuiu de forma decisiva para a vitória.
Maxi Pereira5
Na última meia-hora o esquema do Benfica mais parecia um 2x6x2. Isto porque Maxi (tal como Coentrão) entrou para ser mais um extremo do que propriamente um defesa. Teve o azar de lesionar Lionn, mas percebeu-se que não foi intencional.
Saviola5
Regressou após lesão, percebendo-se que ainda não adquiriu o ritmo ideal.
Nuno Gomes-
Entrou a pouco tempo do fim, para ouvir uma (merecida, por tudo o que significa) grande ovação.
