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Quando "aterrar" em Portugal nos primeiros dias do novo ano, Rafael Copetti não trará apenas roupa e bens materiais na bagagem. Esta também estará cheia de esperança num futuro brilhante ao serviço do Benfica, ainda que o tempo possa não ser amigo. O ex-Internacional de Porto Alegre chega à Catedral com Artur ao mais alto nível e ainda um internacional português sempre à espreita para entrar no onze (Eduardo). O jovem para crescer, esse, também já lá está (Mika), mas Copetti "esquece" essas lombas e aponta directo ao principal rival: o camisola 1. "Tenho de reconhecer que ninguém chega onde ele está assim do nada. Toda a gente tem de lutar para estar no topo. O Artur é um grande guarda-redes, titular num clube de ponta, e temos de respeitar isso. Mas a minha ideia é lutar pelo meu espaço, tal como vão fazer os outros", dispara o guardião em declarações a O JOGO.
Apesar de Artur ser visto por Copetti como o principal rival, o compatriota poderá vir a ser também a maior base de apoio nos primeiros tempos de equipa principal, independentemente de esta fase não estar para ser agora, mas só na próxima época (ver peça à parte). "O facto de ele também ser brasileiro vai ser bom para a minha adaptação, claro. Mas acho que não vai ser difícil. Quando estive aí, fui ao centro comercial perto do estádio e vi algumas partes da cidade. Lisboa parece uma cidade brasileira", explica o guarda-redes, vincando a ambição de estar entre os melhores do emblema da Luz: "O meu objectivo é entrar na equipa principal. É óbvio que sei que o Benfica é uma equipa grande e não vai ser fácil, mas no Brasil também não é. Por isso, tenho de estar sempre ao máximo para poder ter as minhas chances. No Internacional, também fui várias vezes chamado à equipa principal: fiz pré-temporadas, treinos... Tenho experiência entre os mais velhos."
Do Benfica, ainda pouco conhece, a não ser alguns dirigentes. "Conheço de ver jogar na televisão, principalmente os jogos das competições europeias. É um sonho poder fazer parte de um grupo assim. No dia em que estive no Estádio da Luz [no jogo com o Rio Ave], não deu para conhecer os outros jogadores, mas já estive com alguns dirigentes e também notei que a torcida é enorme e muito fanática. É ainda 'pior' do que a Internacional", remata.
Discurso directo
Sou um jogador de muita raça, que vive o jogo de uma forma muito intensa. Mas isso é dentro do campo, ali no calor dos momentos, que às vezes podem ser mais complicados e ter mais adrenalina. Fora das quatro linhas, sou o oposto: muito tranquilo. Não sou de sair à noite e gosto muito de estar em casa a descansar quando não há treinos e jogos Muito peixe na mesa
A minha terra é Chapecó [Santa Catarina], zona onde há muito peixe. Adoro peixe. E de vários tipos. O meu pai até pesca e estou habituado a comer sempre peixinho fresco. Em Lisboa também posso encontrar peixe fresco? Óptimo! Assim ainda vai ser mais fácil a adaptação ao País e à cidade. Mas o essencial é sempre ir levando tudo com muita calma Namorada
Vou passar os últimos dias antes de viajar para Portugal com a minha namorada. É um apoio importante para mim. Agora, ainda não vai comigo, mas mais tarde vamos pensar em dar esse passo Defender penáltis
É um pouco de dom, um pouco de estudo, de posicionamento, teoria, e um pouquinho de sorte também, porque faz sempre falta nessas ocasiões. O que faço é estudar as probabilidades, as distâncias, os movimentos do corpo de quem bate, as formas de marcar, se é canhoto ou destro... Não é científico, mas sempre se reduzem as hipóteses Jorge Jesus
Ainda não tive oportunidade de conhecê-lo, mas já ouvi falar muito nele e sei que é um grande treinador. É exigente. Agora já tenho vindo a acompanhar mais tudo, até pelo site do clube