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>Arma de gestão e trunfo político
Se Pedro Baltazar, antigo administrador da SAD, fez questão de marcar presença na Academia, em jogos da formação, quando decidiu candidatar-se à presidência do clube, também o actual responsável do futebol, Luís Duque, fez questão de acompanhar a evolução dos juniores logo após a vitória eleitoral de Godinho Lopes. É que o prestígio da formação e a quantidade de talentos produzidos para alimentar o plantel principal são a jóia da coroa de um clube que atravessa dificuldades em outros planos e ninguém pode desprezar um trunfo político de tal magnitude, que é, simultaneamente, a mais poderosa arma de gestão para um clube que não tem capacidade financeira para lutar de igual para igual com os rivais no assalto ao mercado de transferências.
Com limitações orçamentais ao longo dos últimos anos, sobretudo no mandato de Filipe Soares Franco e durante o comando técnico de Paulo Bento, a formação foi fornecedora privilegiada no plantel principal, mas a actual SAD quer racionalizar o processo, sem fugir a um método preferido há muito: a transição suave dos juniores para as competições profissionais, através de experiências, por empréstimo, noutros clubes, onde é possível adquirir ritmo antes do regresso. Nesse contexto, está a ser preparada a recuperação de uma equipa B, onde o talento pode ser acompanhado de perto.