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"Ainda bem que marcaram David Villa"
Para Vicente Del Bosque, um dos principais segredos da superioridade espanhola esteve na escolha de Ricardo Costa como lateral-direito. "Ainda bem que não meteram um lateral-direito ofensivo e que optaram por marcar o David Villa homem a homem. Isso fez-nos sofrer menos na defesa", comentou o seleccionador espanhol.
O técnico considera que "a Espanha foi superior" e que, apesar de "ter passado por alguns apuros no primeiro tempo", teve sempre "muito mais posse de bola".
Balanço feito, diz, "a Espanha foi superior", merecendo vencer o encontro. "Sentimo-nos confortáveis, estivemos bem defensivamente e criámos perigo com a bola nos pés", disse.
Para Del Bosque, o futuro é risonho, mas se La Roja bater o Paraguai é preciso não esquecer que terá a Argentina de Messi e Maradona pela frente. "A jogar assim, será difícil não assumir o controlo das operações em qualquer jogo. Temos consciência de que as coisas mudam de um dia para o outro, mas sabíamos que estávamos num bom momento, até porque já estamos a treinar juntos há mais de 30 dias. Creio que estes jogadores querem fazer história", comentou o seleccionador, partindo a seguir para uma abordagem individual.
E se David Villa foi o herói para os castelhanos, o técnico preferiu relembrar o importante papel de jogadores mais discretos, como Busquets, Capdevila ou Sergio Ramos. "Acima de tudo, tenho de falar desses jogadores, que são mais anónimos, aparecem menos na Imprensa", afirmou.
Também lembrado na hora da vitória foi Llorente, ele que substituiu Torres, mostrando-se bem mais perigoso do que o avançado do Liverpool: "Tem-se treinado muito bem. É um jogador especial que necessita de ser compreendido. A equipa pedia um jogador que aguentasse o choque, que soubesse proteger a bola e que fosse bom no jogo aéreo, porque eles tinham seis jogadores muito altos." Apesar disso, Del Bosque garante que, frente ao Paraguai, é Torres quem voltará a jogar de início na frente de ataque.