Corpo do artigo
A derrota do FC Porto frente ao Liceo da Corunha, por 4-5, foi um balde de água fria para a equipa que no dia anterior tinha feito algo de raro ao bater o campeão europeu Barcelona. A última vez que o tinha feito fora em 1999 numa fase de grupos jogada em Ponte de Lima e que os dragões venceram por 1-0. E, depois de dobrarem tamanho gigante, o sonho de uma final era mais do que legítimo, só que o Liceo da Corunha não deixou, mesmo tendo o eneacampeão português lutado até ao último dos instantes. Que é como quem diz, até falhar o quinto remate da série de grandes penalidades que serviram para achar o segundo finalista, depois de o Réus se ter apurado para o jogo do título europeu ao bater o Candelária.
Bem que na véspera, em conferência de Imprensa, Pedro Gil tinha alertado para o facto de o Liceo estar este ano ainda mais forte do que o Barça. Essa previsão estava certa. Foram os galegos que marcaram primeiro e foram inclusive até aos 3-0. O FC Porto demorou algum tempo para acertar e, de novo, como o tinha feito nos quartos-de-final, anulou a desvantagem. Os duelos em rinque foram muitos e cada um procurou o detalhe que pudesse estabelecer a diferença.
O FC Porto teve oportunidades para acabar com o sofrimento, mas esbarrou demasiado em Xavier Malian, não só em contra-ataque, mas desperdiçando também dois livres-directos e um penálti. O inevitável prolongamento não deu em nada e vieram os fatídicos penáltis. Marcaram Miras (3-4) e Lamas (4-5) para os galegos e apenas Pedro Gil (4-4) para os portistas. Em Andorra, o FC Porto conseguiu abater o "borrego" chamado Barça, 12 anos depois. Falta o que se chama Liga Europa, e que fará hoje 20 anos, ao assinalar-se mais uma vitória espanhola.