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O Ajax vai apertar o cinto e tentar reduzir drasticamente os custos de forma a inverter a situação negativa em que o clube se encontra. A sociedade AFC Ajax NV, cotada na Bolsa de Amesterdão, registou um prejuízo de Meuro 9,9 no primeiro semestre do exercício de 2009/10 (terminado a 31 de Dezembro de 2009) devido à quebra acentuada nas receitas e a um aumento de 9% nos custos. No período correspondente da temporada anterior, o Ajax tivera um resultado líquido positivo de Meuro 5,5. "Esta situação não é sustentável e seremos obrigados a recorrer à banca e a fazer muitos cortes nas despesas", comentou Jeroen Slop, director financeiro do Ajax.
"O clube paga salários relativamente altos e temos demasiados jogadores. Teremos de reduzir o número de futebolistas sob contrato e teremos de ter mais cuidado com os salários na altura da negociação [dos contratos]. A crise económica afecta todos e o futebol e o Ajax não são excepção. O mundo está diferente", disse ainda Slop. No dia 30 de Junho de 2009, o Ajax tinha 57 jogadores sob contrato. No mês passado, o HFC Haarlem, da divisão secundária holandesa, foi declarado falido e fechou as portas. O BV Veendam corre presentemente um risco semelhante. O Ajax foi o primeiro e único clube holandês a entrar na bolsa, em 1998, através da sociedade AFC Ajax NV cujos accionistas principais são actualmente o próprio clube (73,3% do capital), o grupo Delta Lloyd (5,6%) e o investidor Adri Strating (5,3%). No exercício de 2008/09, o Ajax teve receitas ordinárias de Meuro 67,2 e custos operacionais de Meuro 80,1. Apesar de esta diferença ter sido atenuada com as compras e vendas de jogadores (saldo: Meuro 10,2), o exercício encerrou com um resultado líquido negativo de Meuro 3,4. O clube de Amesterdão foi campeão nacional, pela última vez, em 2003/04 e actualmente ocupa o terceiro lugar da Eredivisie (atrás de PSV e Twente). Na quinta-feira foi eliminado da Europa League pela Juventus.