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Contra todas as expectativas, pelo historial das duas equipas até esta altura na prova, Nacional e Beira-Mar actuaram ontem de forma bastante desinibida, privilegiando as acções ofensivas, embora as oportunidades de golo não tenham surgido na devida proporção. Mas tal justifica-se pelo acerto de ambos os sectores recuados e não por quaisquer outros subterfúgios, que não a pura intenção de vencer, evidenciada por ambas as partes.
Com Pedro Caixinha na bancada a ver actuar a sua nova equipa, houve um pouco de tudo na Choupana: golos, amarelos, vermelhos, bola nos postes e muita emoção, com cada tento insular a ser efusivamente festejado junto a Ivo Vieira, o técnico que imediatamente após o derradeiro apito do árbitro, cessou funções no Nacional.
Quase todas as peripécias da partida foram equitativamente divididas, com excepção dos golos e assim, desta forma singela, se explica a vitória dos madeirenses. Para além da maior eficácia, é também de justiça registar que o Beira-Mar nunca conseguiu fazer exaltar a superioridade numérica que patenteou durante largo período. Mas também neste particular encontra-se mais mérito dos locais, com o seu técnico a arriscar e optando por correr riscos no meio-campo, onde deixou apenas dois homens, e mantendo uma frente de ataque, com três elementos, muito acutilante. Recolheu, assim, justos dividendos dessa estratégia e deixando o relvado sob uma estrondosa salva de palmas e abraços sentidos de todos os seus, agora, ex-jogadores. Muito fraquinho o trabalho da equipa de arbitragem, muito desastrada.
