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Para gáudio dos fazedores de dramas, conjecturas e cenários mirabolantes, chega a jornada que, sem nada para definir quanto ao título, que está entregue, bem como o segundo lugar definido, muita especulação tem propiciado nestes últimos quinze dias. Os três pontos em disputa no Estádio da Luz não aquentam nem "arrefentam" na definição do campeão. Os "inginhêros" de obras feitas, projectistas de desgraças alheias, na ausência de motivação classificativa, afadigaram-se conjecturando quanto às motivações estribadas no orgulho, no ego, na sobreposição não do competidor próximo, antes do adversário, com o que de negativo a palavra "adversário" acarreta. O desejável será que os profissionais de ambos os clubes expressem toda a valia que lhes é reconhecida. Não interessa um jogo memorável, interessa, sim, uma partida que fique recordada pela qualidade técnica, pela entrega e pelo respeito entre homens do mesmo ofício. Coube a Duarte Gomes a responsabilidade de dirigir a partida da Luz; boa ou má escolha? Aceite-se como acertada, mesmo que o seu histórico na condução de jogos dos dois emblemas permita conjecturas díspares. Em Guimarães, João Capela, que esta temporada só arbitrou vimaranenses e sportinguistas uma vez, também não deverá ter vida fácil. Artur Soares Dias saberá como sobrepor-se em Aveiro. Por que razão Pedro Proença em Vila do Conde e Olegário Benquerença em Coimbra? Só terão capacidade para jogos de meio da tabela em Portugal?
