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Soma e segue, o FC Porto. Ontem garantiu o terceiro e ao mesmo tempo mais reluzente dos quatro troféus a que aspira: a Liga Europa. O póquer, que só não é inédito porque em 1987/88 Ivic ganhou a Supertaça europeia, a Intercontinental, o campeonato interno e a Taça de Portugal, está à distância de uma vitória no último jogo da época, a final do Jamor com o Guimarães, no domingo. O ano de estreia de André Villas-Boas só pode por isso ser considerado extraordinário.
A vitória de ontem ajudou a completar a lista de recordes continentais que abrilhanta ainda mais a temporada azul e branca: o maior número de vitórias internacionais numa época, o maior goleador de uma competição europeia (Falcao), o técnico mais jovem a impor-se no plano internacional (Villas-Boas)... E Pinto da Costa, que, com sete troféus internacionais ganhos, reforça ainda mais a posição entre os presidentes mais bem-sucedidos na história do futebol europeu, deve ter sentido um gozo especial ao receber os parabéns de Michel Platini, o mesmo que ainda há três anos via nele a personificação de todos os males.
A vitória do FC Porto foi conseguida contra um Braga que soube dignificar a final. Não só equilibrou como teve mesmo ocasiões na segunda parte para igualar e forçar o prolongamento. Sai de Dublin com mais força, ainda que, ao contrário do FC Porto, corra mesmo sérios riscos de perder uma equipa quase inteira, a começar pelo treinador. O desafio da reconstrução será aliciante, mas muito difícil.
