Os tempos são outros. As pessoas, as empresas, os países - os clubes - vivem, desde há uns anos, acima das suas possibilidades e pagam, agora, pela conjuntura criada. Até o Sporting, que inflectiu a política de rigor e contenção por que pautou (e hipotecou a margem de sucesso desportivo) a sua conduta nos últimos anos, investiu, na última (re)abertura do mercado de transferências, 10,5 milhões de euros. Os tempos são outros e as cláusulas de rescisão não são já os patamares derradeiros, mas antes valores de referência para conversações negociais, que podem, em última instância, redundar nessa última proposta irrevogável, inegociável e definitiva. Não deixa, porém, de ser sintomático que os jogadores do Sporting formados na Academia estejam seguros por cláusulas que totalizam 212,5 milhões de euros. Mesmo não sendo o valor real de mercado, é um indicador claro da riqueza (potencial e efectiva) que os leões contiuam a ter num sector de formação dos mais conceituados e cotados a nível mundial.
