Antigo médio, que foi estrela na Académica, foi registando momentos com os craques, proporcionando a magia ao filho.
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Não é qualquer um que se pode vangloriar das férias proporcionarem mais que descanso, limpeza da alma, regeneração para novos dias de luta ou de labuta. Os tempos de glória de Mickey já são distantes, falando de um médio inolvidável na história da Briosa, que fez parte de grandes momentos do clube no final da década de 90.
O seu futebol refinado e uma personalidade amigável, além de um nome singular e convidativo, foram características marcantes nos seus anos de 1ª Divisão e aos, 51 anos, agora empresário agrícola no Alentejo, acompanhado pela família em Ibiza, viu o apreço pela sua marca registada em Portugal chegar da forma mais inesperada e nem autênticos vultos do futebol ficaram insensíveis à sua presença no areal da concorrida Cala Bassa.
Em dias consecutivos, Mickey registou os encontros com os famosos, colocando sempre o filho Francisco no centro das atenções dos craques, que foram ao encontro do passado de Mickey na Académica. O período de férias rendeu fotos e conversas com Pirlo, Pote, Busquets e Alba. Sorte do pequeno Francisco, de 11 anos, e dos nomes citados. Afinal estar com Mickey é também um privilégio. O 10 da Briosa trava os impulsos desta história ao contrário. "Foi uma animação isto! Tenho o miúdo encantado e eu, tenho de confessar, que estar com o Pirlo me deixou muito nervoso. Foi uma super estrela, que me perdoem os Enzo Fernández desta vida. Pirlo era uma jóia!", afirmou Mickey numa conversa descontraída. E contextualiza-nos os encontros. Do mais complexo ao mais fácil. Muito trabalho de equipa.
"O pormenor mais giro relacionou-se com o processo para as fotos com o Busquets e Alba. Nem deu para almoçarmos. A minha mulher foi pedir a um amigo deles que foi tomar banho, se seria possível uma foto de ambos com o Francisco. Eles estavam num restaurante exclusivo na praia, numa zona vip com segurança, não dava mesmo para aproximar. Quando pedimos a este amigo, ele falou e eles acederam com a orientação de ser só depois do almoço. Não podíamos sair dali, o almoço ainda demorou umas duas horas. Foi pelo miúdo. O que um pai e uma mãe sofrem!", graceja Mickey, eliminando qualquer dificuldade no frente a frente com Pirlo.
"Foi muito mais simples, ele estava na água, enchi-me de coragem e fui falar com ele! Quando passou por nós, ainda disse ao meu filho 'parece o Pirlo' e ele é que tirou as dúvidas. Com 11 anos e já conhece a história dele na Juventus e Milan. Há jogadores intemporais", precisa Mickey, mais velho 7 anos que o novo treinador da Sampdória, que brilhava no Brescia quando o português gozava as melhores épocas na Académica.
Mickey não se contentou com encontros fortuitos internacionais, um craque do Sporting também lhe apareceu no raio de visão. E, desta vez, o objeto sagrado até ligou os criativos.
"Ele estava no banho com uns amigos e brincavam com uma bola dentro da água. Essa bola chegou ao pé de mim e devolvia-a sem perceber quem era. Depois é que lhe perguntei se era o Pedro Gonçalves. Foi muito simpático e atencioso comigo e com Francisco", assim fica o elogio de Mickey a Pote. A mágoa das férias é só uma: onde andavam Xavi e Iniesta.
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