Mateo, filho do lateral-esquerdo do Chelsea e de Claudia Rodríguez, tem seis anos e foi diagnosticado com autismo
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Claudia Rodríguez, namorada de Marc Cucurella, com quem tem três filhos, falou esta semana sobre os desafios que o casal enfrenta desde que recebeu a confirmação de que o seu filho Mateo, de apenas seis anos, sofre de autismo.
Num excerto de um episódio do programa “Married to the Game”, a parceira do lateral-esquerdo do Chelsea e internacional espanhol explicou que, ainda antes desse diagnóstico, o casal já sabia que havia algo de diferente em Mateo quando comparado ao irmão Río e à irmã Bella.
“Vimos algo diferente no Mateo quando ele pequeno, com uns 13 meses, mas foi um processo longo obtermos o diagnóstico. Quando ele era pequeno era mais fácil, mas agora que está a crescer, é mais difícil. Quando nos mudámos para o Chelsea [2022], começámos a levá-lo para a escola, ele estava muito angustiado e não sabíamos a solução. Tens de encontrá-la tu mesma e sentes-te muito mal, porque não estás preparada... Tu preparaste-te para ser mãe, mas não para ser mãe de um filho autista, por isso, sentes-te mal. Foi muito, muito difícil vê-lo assim, tão afetado, e tentámos simplesmente encontrar a melhor solução”, explicou.
“Eu disse a Marc que tínhamos de encontrar-lhe uma escola especial, porque ele não estava a aprender, não desfrutava da vida. Eu não queria perder mais tempo, tínhamos de fazer algo. Foi aí que encontrei um lugar incrível em Londres, onde o compreendiam e entendiam as suas necessidades, então mudámo-lo para lá e as nossas vidas mudaram por completo. No princípio, eu levava-o de carro desde a nossa casa, mas eram duas horas de viagem de manhã e outras duas horas para o ir buscar. Estava no carro todos os dias... Depois, houve um roubo nessa casa e eu decidi que não queria voltar, então mudámo-nos para Londres e isso facilitou Mateo chegar à escola”, referiu.
Rodríguez garantiu assim que o seu filho “está bem”: “Às vezes diz algumas palavras e repete-as, estamos a trabalhar nisso. Nunca se sabe o que lhe deparará o futuro, não sei se falará ou não, não sei nada, mas estamos a tentar fazer todos os possíveis por ele. Fui a Madrid há uma semana para fazer-lhe uns testes, passámos o dia inteiro à procura de soluções, e é isso que estamos a fazer”.
Já sobre esse roubo que a fez mudar de casa em Inglaterra, Claudia recordou o episódio “aterrador” que viveu quando se apercebeu de um intruso no seu quarto.
“Marc estava a tomar banho com o Mateo no andar de cima, eu estava grávida de Bella e fui ao meu quarto buscar o biberão para Río. Enquanto entrava no quarto, vi duas portas fechadas e a luz acesa na cómoda, simplesmente não se via bem. Não era como o tínhamos deixado. Eu abri a porta e vi alguém dentro com uma mala, a olhar para mim. Nesse momento, compreendi completamente o que estava a acontecer. Estava aterrorizada, muito assustada. Estava grávida e com duas crianças em casa. Desci a pressionar o botão de pânico e gritei a Marc para que viesse. Esperámos na lavanderia e chamámos a polícia e a todos para que nos ajudassem, foi aterrador”, contou.
“Custou-me muito dormir nos dias seguintes, inclusive meses. Não podia ir a nenhum lado sozinha, precisava sempre de alguém. Eu dizia-lhes: ‘Podes vir comigo até ao meu quarto?’”, acrescentou, em jeito de conclusão.