FORA DE JOGO - Maria Inês Pedroso, um encanto de colega, jornalista do canal 11, mulher do Norte, voz bonita, excelente em frente às câmaras. Vamos lá conhecê-la melhor um bocadinho...
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Começaste na Bola TV. Como foi entrar para um projeto que estava em embrião?
-Tinha saído da faculdade há pouco tempo, estagiei na TVI (Porto) e passei pela rádio de Penafiel. Nessa mesma altura, surgiu a possibilidade, pela saída de um dos jornalistas que estava n"A BOLA TV, de enviar o meu CV. Assim fiz, fui a uma entrevista e fui selecionada. Já conhecia o outro jornalista do canal, a trabalhar no Porto, o meu querido amigo Francisco David Ferreira, o que ajudou, e muito, na integração e adaptação ao projeto. O Canal tinha pouco tempo de vida, ainda, mas a experiência profissional foi fantástica. A BOLA TV foi uma verdadeira escola.
Quando eras criança, pensavas em quê? Em ser jornalista ou havia outra profissão que te seduzia, sei lá, médica, por exemplo?...
-Quando era criança queria ser professora, como a minha mãe. Dava aulas para turmas imaginárias e escrevia, a giz, no armário de madeira do quarto, a fazer de conta que era um quadro. Passava horas nisso.
Tens uma voz muito bonita. Nunca pensaste ir ao Festival da Canção.? Quem sabe se não há uma Maro dentro de ti...
-(risos) Mas que grande elogio!! Adoro cantar, longe dos outros, para os poupar à minha desafinação. Sei que tenho uma voz forte, impactante e projetada. Reconheço que a minha voz faz notar a minha pronúncia do Norte e só isso liga-me a uma das partes mais bonitas da minha identidade. Gosto da minha voz, no entanto... (risos) ela não me deixa sonhar com esses palcos musicais. Deixo o palco do Festival da Canção para a Maro, que tem uma voz lindíssima e que nos vai representar lindamente, não tenho qualquer dúvida disso.
O teu pai foi médico do Penafiel durante muitos anos. Esse facto teve alguma influência na tua paixão pelo futebol?
-O meu pai dedicou mais de duas décadas à Medicina no futebol. A maior parte desses anos, ao serviço do FC Penafiel e, por isso, apesar de valonguense de gema, o Penafiel tem um lugar importante no meu coração e na minha ligação à modalidade. Isso teve muita importância na minha relação com o futebol. Fui a muitos jogos, a muitos treinos, acompanhei-o em muitas viagens. Grande parte das minhas experiências relacionadas com o futebol vem naturalmente daí. Mas, em minha casa, o futebol esteve e está sempre presente. Toda a gente adora futebol. É tema de conversa, de "discussão" e de partilha de histórias e vivências. E que bom que assim é.
Entretanto, entras para a TVI. Como é que isso se proporcionou?
-Eu estagiei na TVI (Porto) durante alguns meses. O estágio ainda fazia parte do curso mas ainda se prolongou, no meu caso, por mais tempo do que inicialmente estava previsto. Quando estava n"A BOLA TV, também na redação do Porto, e perante a saída de um ou outro elemento da redação da TVI, o convite surgiu. Foi uma felicidade grande.
És uma pessoa do Norte. Foste bem recebida em Lisboa?
-Claro que sim! Muito bem recebida. Uma pessoa que é do Norte do país também não permite que não a recebam bem, seja lá em que sítio for (risos). Mas fui. Gosto de viver em Lisboa, verdadeiramente, mas quem me tira as minhas idas ao Porto e à minha querida cidade de Valongo... tira-me praticamente tudo. Preciso de estar perto dos meus. Preciso das sensações, dos lugares e das memórias que me devolvem sempre à mais importante parte de mim.
Passares da TVI para o Canal 11, um canal em formação, foi de alguma forma surpreendente. Concordas?
-Concordo que, à data, em termos de visibilidade e de impacto mediático possa ter sido considerado surpreendente. No entanto, fosse isso, apenas e só o mais importante de uma carreira profissional (ainda em crescimento) e estávamos mal. O efeito novidade/curiosidade (que um jornalista não deve perder) fez-me escolher este caminho. Poder ver crescer um canal, numa estrutura estável e forte como a da FPF como retaguarda, numa área, como o futebol, em que adoro trabalhar, foram apenas algumas das razões. Mudar faz parte.
O que é que o Canal 11 tem que os outros não têm?
-O Canal 11 trata o futebol de uma forma diferente. Podem dizer o que quiserem, mas é verdade. Para quem gosta de futebol, pelo jogo, pela essência, pelas histórias e pelos protagonistas, gostará certamente do 11.
E é para continuar ou no próximo defeso mudas de "clube"?
-(risos) Estou focada no Canal 11, nos objetivos do Canal e em que possamos atingir as metas traçadas. O 11 dá-me as condições que preciso para crescer. O resto, deixo para o meu empresário... (risos) Estou a brincar. Sou a minha própria empresária.
Usando os teus conhecimentos, já me podes dizer quem vai ser o campeão este ano?
-Os meus conhecimentos não me conferem o dom da adivinhação (risos) o que até dava um certo jeito para ir já preparando alinhamentos... mas não. Ainda assim, posso dar a minha opinião atendendo ao que vejo e naturalmente baseada nos factos. E aí, acho que o FC Porto é o mais sério candidato ao título.
És uma pessoa feliz?
-Muito. Com dias melhores e menos bons, como toda a gente. Mas estou bem, tenho saúde, faço o que gosto e os meus (os mais importantes disto tudo) estão sempre comigo. O que posso pedir mais?