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A seleção brasileira enfrenta um dos seus piores momentos na história, com derrotas, críticas e questões sobre a sua identidade e desempenho.
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Crise de identidade deixa a “canarinha” em maus lençóis
A seleção do Brasil está longe do fulgor de outros tempos e nem a recente vitória contra o Chile (2-1) disfarça aquele que será certamente um dos piores momentos da história do “escrete”. Bastará dizer que nesta campanha de apuramento para o Mundial 2026, os homens liderados por Dorival Júnior perderam quatro vezes – três de forma consecutiva, facto sem precedente na história – nas primeiras nove jornadas, o que faz deste o pior desempenho de sempre em fases de apuramento.
Exibições pobres, futebol descaracterizado, equipa sem ideias, sem um núcleo de jogadores que lhe dê solidez, estas são algumas das críticas apontadas pelos “torcedores”, que olham para os pentacampeões mundiais como uma sombra do passado. Há quem, como o antigo internacional Cafu, aponte o excesso de jogadores convocados oriundos da Premier League, como causa para um futebol sem a essência brasileira de outros tempos.
Crise geracional, ou simplesmente, queda na qualidade dos jogadores e incapacidade de liderança, haverá um pouco de tudo para justificar esta crise, mas o certo é que apesar do alívio que os três pontos conquistados aos chilenos trazem, não mudou grande coisa na classificação deste apuramento. O quarto lugar deixa a “canarinha” apenas a três pontos do oitavo, que já não dá acesso ao Mundial, para não falar dos seis pontos de distância para a Argentina, líder deste apuramento da CONMEBOL.
Os três pontos conquistados ao Chile – com o golo da vitória obtido a um minuto dos 90’ por Luiz Henrique – foi, ainda assim, uma exceção para quem, como o Brasil, tem viajado tão mal. Em cinco deslocações somam-se três derrotas (Uruguai, Paraguai e Colômbia) e apenas duas vitórias (Peru e Chile) com exibições muito pouco conseguidas. A este panorama soma-se ainda uma derrota em casa com a Argentina, em novembro do ano passado, que caiu muito mal entre os adeptos.
Mas este mau momento do Brasil não é de agora e já deixava antever algo parecido com aquilo que se está a viver, depois da eliminação da seleção nos quartos de final da Copa América, no passado mês de julho, contra o Uruguai (0-0 e 4-2 g.p.). Já na altura a Imprensa brasileira falava “em crise de identidade, falta de postura e mau desempenho”. Afastado da roda dos jogadores antes dos penáltis, a perda de autoridade de Dorival Júnior já era questionada, apontada como embaraçosa e prova de que o selecionador há muito não era respeitado.
As questões levantadas são mais visíveis do que nunca e apontam a um jogo sem padrão, sem capacidade criativa e com um modelo previsível. Longe vão os tempos em que se reconhecia uma escola em cada selecionador da “canarinha”. As críticas aos jogadores são o pão nosso de cada dia, de nada valendo os apelos feitos ao peso histórico da camisola e à mística, que contrastam com o futebol pobre e embaraçoso que se tem visto em campo.
Cada convocatória de Dorival Júnior reacende o debate sobre a seleção e na Imprensa brasileira nem hesitam em falar de uma “seca geracional” e a questionar se os jogadores atuais não estariam num patamar inferior aos do passado. A verdade é que nenhum, ou muito poucos jogadores brasileiros são hoje protagonistas nos seus clubes, quando comparados com os do passado, à exceção de Vini Júnior e Rodrygo, ambos do Real Madrid.
Perderam-se referências com a saída prematura de muitos atletas para a Europa, cujas características acabam formatadas pelos clubes para onde vão terminar a sua formação, diluindo-se num futebol incaracterístico, longe do “futebol champanhe” brasileiro, cheio de ginga, drible, mudanças de velocidade e da magia, que outrora encantava os torcedores, hoje saudosos de uma referência consistente, que ajude a carregar a equipa nos piores momentos, e que encarne os valores da “canarinha”, como o Romário do Vasco, o Taffarel do Inter ou o Jorginho do Flamengo.
Por tudo isso, o Brasil é hoje uma seleção bem diferente da que marcou a história do futebol e nem o peso das suas camisolas é suficiente para amedrontar os adversários e inspirar respeito, muito pelo contrário. Cada vez mais essa imagem de marca se tem desgastado, ao ponto de hoje ser possível a várias seleções entrarem em campo convencidas de que podem vencer o Brasil.
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