Racing e Cruzeiro disputam a final da Taça Sul-americana

Racing e Cruzeiro procuram escrever história na final da Taça Sul-americana

Racing de Avellaneda e Cruzeiro defrontam-se na final da Taça Sul-americana no próximo sábado, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai, e o equilíbrio entre as duas equipas é a nota dominante. O percurso dos dois emblemas até à final é, aliás, muito semelhante e se o Cruzeiro somou apenas uma derrota, os argentinos sofreram duas. Entre duas equipas semelhantes em termos de virtudes, tudo aponta para que a final se decida nos detalhes, ainda que seja apontado ao Racing um ligeiro favoritismo pelas casas de apostas.

Se vencer na primeira final do Racing numa final da Taça Sul-americana, este será o décimo título para uma equipa argentina e o treinador Gustavo Costas pode ser um trunfo a não menosprezar pela experiência internacional que acumulou aos 61 anos. Campeão em quatro países diferentes (Colômbia, Equador, Paraguai e Peru), o técnico procura a sua primeira conquista no clube onde é “venerado” pelos adeptos. Nascido em Avellaneda, Costas ficou na história do Racing pela conquista da extinta Supercopa dos Campeões da Libertadores, conquistada há 36 anos, curiosamente contra a mesma equipa do Cruzeiro, que perdeu por 3-2 na soma das duas mãos da final (2-1 e 1-1). Nessa final, com Costas alinhavam jogadores históricos do clube, como Néstor Fabbri, Jorge Acuña, Ramón Medina Bello e Fabio, entre outras figuras de destaque.

A última meia-final americana do Racing data de há 27 anos (1997), altura em que os argentinos perderam contra os peruanos do Sporting Cristal, na Libertadores, e Costas já disse que a equipa dará tudo das suas cores para derrotar os brasileiros.

No Cruzeiro, a última final americana remonta a 2009, e à Taça Libertadores, que os brasileiros perderam contra os argentinos do Estudiantes (2-1), pelo que ninguém esconde a ansiedade pelo regresso a uma nova final americana. Antes disso, a “raposa” defronta o Corinthians na 34ª jornada do brasileirão, mas o mais certo será o treinador Fernando Diniz gerir forças e dar prioridade ao jogo de sábado. Com 9 golos marcados, Matheus Pereira, avançado que passou por Sporting e Chaves, é um argumento a ter em conta pelos argentinos, que também deverão manter um olho sobre Juan Dinenno, autor de outros 8 tentos esta temporada. Gabriel Veron é outro jogador bem conhecido do futebol português, depois da sua passagem pelo FC Porto, e será mais um trunfo a ter em conta neste encontro. A defesa do Cruzeiro é um setor cheio de virtudes e não costuma sofrer grandes alterações de jogo para jogo, pelo que todos se conhecem bem. A este lote junta-se ainda Matheus Henrique que chegou de Itália para reforçar a “raposa” e impôs-se como um dos jogadores mais importantes da equipa mineira.

Do lado oposto, o Racing conta com jogadores a atravessar um bom momento. Adrián Martínez soma 28 golos marcados esta temporada e é o goleador da equipa argentina, que tem em Roger Martínez outro jogador com golo e já são 11 marcados esta época. Uma das atrações é o colombiano Juan Quintero, que passou pelo FC Porto e que aos 31 anos ainda é um dos jogadores mais utilizados no meio-campo dos argentinos. Na segunda mão da meia-final contra o Corinthians, o colombiano abriu o livro e apontou dois golos, num dos jogos mais eletrizantes da Taça Sul-americana. Luciano Vietto, ex-Sporting, é outro avançado com muita experiência internacional, que poderá fazer a diferença. Entre os jogadores de maior valor desta equipa argentina contam-se ainda Santiago Sosa, Juan Ignacio Nardoni e Marco Di Césare. Segundo a imprensa argentina são mais de 100 mil os adeptos que viajaram para o Paraguai para apoiar o Racing, o que diz tudo sobre a pressão que a equipa de Avellaneda terá para vencer esta final.

As casas de apostas aponta os argentinos como a equipa favorita a abrir o marcador.

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