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Muito criticado pelos adeptos, o avançado do Benfica reencontrou-se com os golos e está a ser decisivo.
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O renascimento de Vangelis Pavlidis
Após a saída de Gonçalo Ramos, no verão de 2023, o Benfica sentiu dificuldades para encontrar um avançado. Arthur Cabral (11 golos), Marcos Leonardo (7), Petar Musa (6) ou Casper Tenstedt (4) passaram por lá, mas os números dificilmente se mostraram de uma equipa grande que luta para conquistar o título.
A necessidade de contratar um líder ofensivo era uma das necessidades mais prementes para a nova temporada e a escolha recaiu em Vangelis Pavlidis. O grego de 25 anos chegou a Portugal por 18 milhões de euros, com o rótulo de um dos melhores marcadores da última edição do campeonato neerlandês (29 golos, em ex-áqueo com Luuk de Jong) e a promessa de muitos tentos.
Contudo, Vangelis Pavlidis teve um arranque de temporada complicado. Além da adaptação a um novo país, depois de seis anos a jogar nos Países Baixos (três nos Willem II e outros três no AZ Alkmaar), o avançado encontrou um Benfica em convulsão, com dificuldades a montar ataques e com muito pouca bola a chegar à referência ofensiva na proposta de jogo lançada por Roger Schmidt.
A pré-época deixou alguma água na boca (sete golos em sete jogos), que não se refletiram nas partidas oficiais. O primeiro tento oficial foi na segunda jornada, diante do Casa Pia (3-0), mas depois teve de esperar até à sexta ronda para voltar a festejar, desta feita já com Bruno Lage.
As críticas começaram a subir de tom. O novo técnico do Benfica foi sempre defendendo o avançado por aquilo que dava à equipa e que nem sempre aparecia nas estatísticas – os movimentos ofensivos que abriam espaço para os outros – mas para o adepto comum e a grande maioria da tribuna do Estádio do Luz continuava a faltar o mais importante num avançado: golos.
À entrada para a 10.ª jornada do campeonato, a principal referência ofensiva do Benfica tinha apenas dois golos. E o preço de 18 milhões de euros também pesava, sobretudo quando os adeptos começavam a comparar com Viktor Gyökeres (Sporting) e Samu Omorodion (FC Porto), os goleadores dos rivais que faziam jus à fama e semana após semana colocavam a bola no fundo das redes.
O próprio Vangelis Pavlidis sentia essa pressão e as exibições iam demonstrando pormenores trapalhões, com a equipa a procurar muitas vezes oferecer-lhe o golo, mas o avançado a não corresponder. Tudo parece ter mudado com o bis apontado ao Santa Clara (3-0).
Nos quartos de final da Taça da Liga, o avançado grego foi lançado aos 67 minutos e conseguiu bisar, além de ter feito a assistência. No espaço de 23 minutos conseguiu marcar tantos golos como nos 12 jogos anteriores e acabou por ser decisivo em colocar os encarnados na meia-final de uma competição que não vencia desde 2016.
Para confirmar o bom momento, Pavlidis voltou a ser decisivo e pela primeira vez marcou em duas partidas consecutivas com o Benfica, com a vantagem de ter sido decisivo em ambos. Na 10.ª ronda da Liga Portugal apontou o golo da vitória diante do Farense (2-1), numa partida em que os encarnados sentiram algumas dificuldades.
Pode ser um momento decisivo para o avançado. Depois de um arranque complicado e com a equipa a melhorar também do ponto de vista ofensivo, Pavlidis pode aproveitar esta renovada confiança para começar a marcar mais golos e viver de acordo com as expectativas dos adeptos do Benfica que procuram um goleador para a equipa.
E um avançado em forma é uma arma importante para um sempre complicado clássico contra o FC Porto, que será o primeiro grande teste de Bruno Lage no comando das águias e poderá lançar a equipa na luta pelo título. Neste confronto, a decorrer no dia 10 de novembro, as casas de apostas indicam que Vangelis Pavlidis marcará contra os dragões. Conheça as odds da Betclic abaixo:
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