Nottingham Forest desafia Manchester United de Rúben Amorim

Nottingham Forest desafia um United em contexto delicado

O Nottingham Forest vai servir de teste aos efeitos provocados pela primeira derrota do Manchester United da era Rúben Amorim. Tal como o próprio tinha dito há dias, o United iria passar por algumas tempestades enquanto a equipa estivesse a assimilar novas dinâmicas e movimentações com a mudança de comando técnico que se deu no clube. 

Pois bem, a primeira derrota aconteceu contra o Arsenal e logo se ouviram alguns ecos de “desgraça”, embora se reconheça o potencial que a equipa pode explorar no futuro, quando tiver de se defender e não só. Para além das opções do treinador, sempre discutíveis, sobretudo a seguir a uma derrota. 

Amorim argumentou com o menor fulgor físico de alguns jogadores, que se viu obrigado a gerir. Em outros casos, o momento de forma também está bem longe. Apesar de tudo, o coletivo ainda resultou em vários momentos do jogo e o United conseguiu até mais posse de bola do que o Arsenal. Os “red devils” não sofreram qualquer golo em futebol corrido, mas sucumbiram nos lances de bola parada, que tudo decidiram e que são já imagem de marca dos “gunners”.

O Nottingham Forest de Nuno Espírito Santo não vai ter nas bolas paradas o mesmo potencial ameaçador para o United, mas está a fazer uma temporada acima das expectativas e segue num surpreendente sexto lugar, a quatro pontos dos lugares de acesso à Liga dos Campeões. Apesar de derrotas naturais contra Arsenal, Newcastle e Manchester City, a verdade é que a experiência do seu treinador tem tido um peso fundamental e já permitiu aos “Tricky Trees” fazer história ao vencer em Anfield, o Liverpool, 55 anos depois.

Mesmo com as duas equipas a atravessarem contextos diferentes, o certo é que a distância entre os dois emblemas no campeonato é de apenas três pontos e que o United terá oportunidade para anular se vencer. 

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Em Old Trafford, o Manchester United só perdeu esta época contra o Tottenham (0-3) e o Liverpool (0-3), em setembro, ainda sob o comando de Erik Ten Hag, mas o momento é delicado para Rúben Amorim, que terá de trabalhar vários aspetos que mantenham os jogadores focados e “indiferentes” aos acidentes de percurso, se quiser alimentar a esperança de alcançar os mínimos exigíveis a quem comanda um clube com a dimensão do United.

Ao apanhar o comboio em andamento, o treinador português aceitou sair da zona de conforto de Alvalade, que está longe de se recompor da saída do treinador. Em Inglaterra, Amorim corre riscos e terá os lugares europeus e os da Champions como objetivo principal, ainda que tenha pela frente um fosso para recuperar de sete pontos, que ficou depois da derrota com o Arsenal. Mas tão complicado como isso será conseguir desalojar dali adversários como Chelsea, Arsenal ou Manchester City, para não falar no Liverpool, que lidera com 16 pontos de vantagem sobre o United.

Como facilmente se percebe, o que não faltam são obstáculos pelo caminho e pouco tempo para que Rúben Amorim consiga trabalhar a equipa como deseja, com a competição a decorrer. O mercado de Inverno está a chegar e com ele a oportunidade para retocar o plantel, mas a verdade é que ainda contra os “gunners”, o treinador português colocou em campo jogadores muito pouco, ou nada, utilizados por Ten Hag, que também aproveitou para avaliar em jogo, pelo que são inúmeros os processos para gerir e os resultados não esperam.