Conseguirá Rui Borges levar o Vitória SC ao topo da Europa?

Embora o empate no Cazaquistão tenha colocado fim a uma série inédita de vitórias consecutivas por parte de uma equipa portuguesa em provas da UEFA, a recente conquista de mais três pontos em deslocação à Suíça permitiu ao Vitória SC igualar o registo do Benfica de Roger Schmidt como segunda formação lusa a somar 10 triunfos numa só edição de uma competição europeia de clubes. O recorde pertence ainda ao FC Porto de André Villas-Boas, mas, caso ganhem à Fiorentina, os Conquistadores poderão não só aspirar a dar continuidade a uma senda histórica, como até mesmo, na melhor das hipóteses, a superar o Chelsea e arrebatar o primeiro lugar da fase-liga – se bem que um ponto conquistado contra os italianos chegue para seguir em frente.

Ainda assim, os comandados de Rui Borges quererão decerto permanecer alerta, até porque o primeiro critério de desempate entre equipas em igualdade pontual é a diferença de golos. O que significa que, na eventualidade de sofrerem uma derrota copiosa (e admitindo uma conjugação altamente desfavorável de resultados nas restantes partidas), os Vitorianos podem ainda ficar arredados da qualificação automática. Posto isto, alguns dos demais concorrentes ao apuramento jogam entre si, e os Vitorianos têm a seu favor o facto de, na presente temporada, contarem por vitórias os cinco encontros realizados no Estádio D. Afonso Henriques para a Liga Conferência – além de que foi precisamente frente a uma formação italiana que o Vitória escreveu uma das páginas mais bonitas da sua história internacional.

Em duelo da 2.ª mão da primeira eliminatória da então designada Taça UEFA, e depois de terem perdido no Ennio Tardini, os Conquistadores receberam e bateram por 2x0 o Parma, que conquistara a prova duas temporadas antes (e voltaria a vencê-la dois anos volvidos), e cujo plantel, à data treinado por Carlo Ancelotti, contava nas suas fileiras com nomes como Zola, Cannavaro ou Thuram.

Quis o destino, ainda assim, que, nem um ano mais tarde, o Vitória voltasse a ser anfitrião de outro conjunto transalpino, e o desfecho foi bem diferente: desaire por 0x4 diante da Lázio de Pavel Nedved e Sven-Goran Eriksson. Se a isto juntarmos que, em sete embates oficiais travados em Portugal, a Fiorentina ganhou três e perdeu dois, razões não faltam para que a turma de Guimarães procure vencer e não apenas empatar.

Na edição agora em curso da Liga Conferência, a equipa do Vitória marcou pelo menos dois golos contra todos os oponentes que se deslocaram ao D. Afonso Henriques. Contudo, refira-se também que, não incluindo as eliminatórias, os Vitorianos consentiram um tento a ambos os adversários.

Por outro lado, a Fiore realizou três encontros fora de portas na competição, e encaixou cinco tentos. Aliás, sofreu sempre um golo ou mais, tendo sofrido dois nas duas visitas realizadas na fase-liga (e a última redundou mesmo numa derrota em Chipre). Porém, contabilizando o play-off e a fase final da competição, em sete jogos marcou vinte e um golos, seis dos quais na condição de anfitriã. Marcou, de resto, nas três deslocações realizadas.

Ambas as Equipas Marcam

• Sim

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Total de Golos (Vitória SC)

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Além disso, cumpre sublinhar que, à semelhança do Vitória, também a Fiorentina (que conta menos um ponto que os Conquistadores) pode ainda ficar a ver navios. Perdendo em Guimarães, corre o risco de não seguir logo para os oitavos-de-final; por isso, e até por ter sido derrotada nas duas últimas finais da Liga Conferência, pretenderá marcar posição e assumir inequivocamente uma candidatura à conquista do troféu.

Total de Golos

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