José Carlos Ferreira aponta falhas ao Boavista no processo que levou à rescisão do contrato com o avançado camaronês.
A rescisão do Boavista com Ibrahim Koneh, na sequência do diagnóstico de um problema cardíaco, não é assunto encerrado. Pelo menos pela parte do empresário do jogador, José Carlos Ferreira.
"O jogador acusou um ligeiro problema que não é nada que o impeça de jogar futebol. Já foi a um médico conceituado - um dos melhores cardiologistas mundiais - e fez novos exames. Todos comprovam a aptidão para praticar desporto profissional", esclareceu o empresário do avançado dos Camarões.
Koneh passou da divisão de elite da AF Aveiro, tendo alinhado, na última temporada, com as cores do Lusitânia de Lourosa, promovido ao Campeonato de Portugal. O avançado foi mesmo um dos principais responsáveis pela promoção do clube de Santa Maria da Feira ao marcar, em 29 jogos, 23 golos. Deu nas vistas e chegou à I Liga, pelo que receber a informação de que teria de "pôr fim à carreira" não foi fácil e o empresário garante que lhe está a ser dado todo o apoio, incluindo um último exame.
"Está a fazer-se tudo para que não se possa pôr em causa o atleta nem o homem. Ele está, como é óbvio, abalado e eu serei a primeira pessoa a impedi-lo de jogar futebol. Só jogará futebol com total aptidão para a prática. Vamos fazer novo exame, que implica ficar algumas semanas sem fazer exercício físico para ver como o coração reage ao esforço", acrescentou José Carlos Ferreira.
O empresário tem estado sempre em diálogo com o Boavista e, garante, espera que o emblema se retrate desta situação, esclarecendo que "não chega reintegrar o atleta no plantel".
O Boavista, contactado para comentar a questão, não quis acrescentar nada ao comunicado já emitido sobre a rescisão do contrato do jogador, vincando apenas o que já então tornara público: a "absoluta disponibilidade para o que" Koneh "venha a entender ou solicitar no futuro".