José Manuel Gião Falcato foi um dos juízes que decidiram a redução do castigo a Nuno Saraiva
Nuno Saraiva viu, esta quarta-feira, reduzido um castigo de 45 para nove dias, por decisão do Tribunal Arbitral do Desporto. Em causa estava a publicação de um texto numa página na rede social Facebook, designada Nuno Saraiva SCP, que visava a arbitragem de Rui Oliveira no jogo entre Sporting e Vitória de Setúbal, que os setubalenses venceram por 2-1, com um golo de Edinho, de grande penalidade, aos 90+4, em 4 de janeiro último.
José Manuel Gião Falcato foi um dos juízes do caso e o Benfica, através de fonte contactada por O JOGO, defende agora que o mesmo não tem em condições de continuar no cargo, por alegada ligação ao Sporting.
O juiz tem algumas fotos na sua conta de Facebook no estádio de Alvalade, algumas delas com o cachecol verde e branco ao pescoço, facto que leva o Benfica a sugerir a saída de José Falcato do cargo.
Em causa está a publicação de um texto numa página na rede social Facebook, designada Nuno Saraiva SCP, que visava a arbitragem de Rui Oliveira no jogo entre Sporting e Vitória de Setúbal, que os setubalenses venceram por 2-1, com um golo de Edinho, de grande penalidade, aos 90+4, em 04 de janeiro último.
"O cúmulo da falta de vergonha. O que se passou em Setúbal não tem outra classificação possível, e recorro às palavras de Jaime Pacheco há uns anos: 'não foi um roubo de igreja, mas de catedral'. E a única pergunta a que importa responder é esta: se toda a gente, desapaixonada, isenta e desinteressada, diz que não foi penálti, qual foi a verdadeira razão para que o árbitro, instigado pelo seu auxiliar que nem estava escalado para este jogo, decidisse marcar grande penalidade?", lia-se no referido texto.
Nuno Saraiva defendeu que "a autoria do texto publicado no Facebook não lhe pode ser atribuída", uma vez que a página é "administrada por uma empresa especializada na área da gestão de redes sociais contratada" pela SAD do Sporting e à qual têm acesso seis pessoas.
O TAD concordou com a responsabilização do dirigente feita pelo CD, salientando que: "evidencia-se -- e é a perceção que qualquer cidadão médio que aceda ao texto dele retira --, a intenção de colocar em causa a isenção e imparcialidade de elementos da equipa de arbitragem, em particular, do árbitro do jogo, para além da seriedade da competição tal como vem sendo organizada".