Subtilieza no trato da bola e técnica apurada do internacional angolano levam o treinador Daúto Faquirá a fazer comparação.
Daúto Faquirá promoveu a estreia de Gelson Dala no Girabola, principal campeonato angolano e, numa altura em que o jovem avançado se afigura como opção válida para Jorge Jesus na Taça de Portugal, faz uma comparação elogiosa com uma lenda do futebol holandês, que se destacou nos anos 90 e no início do século XXI, ao serviço dos ingleses do Arsenal.
"Sou um pouco suspeito", começa por conceder Daúto Faquirá a O JOGO, antes de estabelecer um paralelismo tão favorável quanto auspicioso a Gelson Dala: "Trabalhámos muito com ele em termos de finalização, e até o convidava a ver as ações do Bergkamp, o avançado holandês que jogava no Arsenal, para ele ver as movimentações e, salvaguardadas as devidas distâncias, as devidas proporções, faz-me lembrar um pouco ele, assim como ao Lewandowski".
O técnico português não desarma e passa a concretizar: "Pela forma suave como conduz a bola, aquela técnica ímpar ao pé da baliza. Não tem uma morfologia muito imponente, mas tecnicamente é muito forte, muito completo, vai de cabeça, vai com os dois pés, é um miúdo que tem tudo para dar certo." "Estes jogadores que têm a capacidade de perceber o jogo, de antecipar a situação, de ler os movimentos todos, e de fazer uma seleção dos vários estímulos que têm e tomar a melhor decisão fazem a diferença. O Gelson tem isso", afiança Daúto Faquirá, antes de rematar: "Não é normal um miúdo que chegou de Angola comece a fazer consecutivamente golos e ser o melhor marcador da equipa. Tem potencial enorme."