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Pedrógão Grande: Número de mortos aumenta para 57

PAULO CUNHA/LUSA

Incêndio em Pedrógão Grande matou pelo menos 57 pessoas até ao momento e mantêm-se quatro frentes ativas. Afastado qualquer indício de origem criminosa.

O número de mortos no incêndio rural que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, aumentou para 57, disse este domingo o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.

O governante fez às 10:00 um novo ponto de situação do fogo, que deflagrou ao início da tarde de sábado, e indicou não ter conhecimento da evolução dos feridos.

Segundo Jorge Gomes, a rede SIRESP (operadora da Rede Nacional de Emergência e Segurança) foi restabelecida, depois de alguns constrangimentos, e a operadora de telecomunicações MEO instalou já uma rede de suporte para comunicações móveis.

O secretário de Estado da Administração Interna disse que o número de feridos se mantém nos 59, sendo que 18 foram transportados para hospitais de Coimbra, Santa Maria (Lisboa) e Prelada (Porto) e cinco estão em estado grave - quatro bombeiros e uma criança.

Em Pedrógão Grande encontram-se já elementos da Polícia Judiciária e seis técnicos do Instituto de Medicina Legal.

Sobre a evolução do incêndio, sublinhou que se mantém inalterado, com quatro frentes ativas, duas das quais de "extrema violência".

Jorge Gomes sublinhou ainda que o fogo começou como um incêndio normal, mas cerca das 18:00 de sábado, de uma forma inesperada, "com ventos de todos os lados", propagou-se de uma "forma impossível de controlar".

Os meios aéreos espanhóis já se encontram a operar no terreno e os franceses vêm a caminho.

Contudo, adiantou que está a haver alguma dificuldade na operação dos meios aéreos devido à altitude em que podem operar.

"Temos que ter alguma calma", apelou o secretário de Estado da Administração Interna, que disse ainda estarem já no terreno elementos da Segurança Social a dar apoio psicológico às pessoas.

"O importante é conseguir dar paz às pessoas de Pedrógão Grande e de Figueiró dos Vinhos", concluiu.

Entretanto, o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou à Lusa que o incêndio teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa.

"A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivammente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio", disse Almeida Rodrigues.

"Conseguimos determinar que a origem do incêndio foi provocada por trovoadas secas", tendo sido a partir daí que o fogo se propagou, explicou o diretor nacional da PJ.

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Redação