Gasolina na fogueira
Ontem, critiquei aqui a tomada de posição do Benfica sobre a gala Quinas de Ouro. Hoje, tenho de criticar o processo que a FPF lhe instaurou em resultado dela.
Releio as palavras encarnadas e não vejo nada ali que escape aos limites da liberdade de expressão. Tanto quanto me parece, tratou-se de um protesto demagógico, mas dentro da lei.
Ademais, e na intenção de assinalar autoridade, o que a FPF faz é oferecer ao Benfica capital de martirização. Belo contributo. Como se já não houvesse ruído suficiente em torno da disputa do título.
FUTEBOL MESMO
Sem manha não dá
Confesso que o debate sobre o antijogo me diz pouco. A própria expressão "antijogo" me parece desajustada. Eu chamo-lhe "jogo" apenas.
A manha e a sorrateirice fazem parte da essência do futebol, e já existem nas leis da modalidade mecanismos suficientes para obviar os seus efeitos. De resto, futebol sem manha - sem se simularem penáltis, sem se marcar em fora de jogo, sem se queimar tempo - seria coisa a que teríamos de dar outro nome.
FORÇA DE BLOQUEIO
O resto logo se vê
E de repente começamos a decorar o nome de Aleksander Ceferin. O presidente da UEFA é contra a criação de uma superliga europeia, e o seu bloqueio pode bem ser uma tábua de salvação para muitas ligas nacionais, incluindo a nossa. Resta saber se a intenção é salvar o jogo ou apenas o negócio da UEFA. Mas isso é problema para depois.