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"Podence e Geraldes? É um passo bem dado pelo Sporting"

Podence no Moreirense-Benfica da Taça da Liga

Segunda-feira é a data de apresentação na Academia. O adeus ao Moreirense será no domingo, na final da Taça da Liga, contra o Braga

Sporting e Moreirense chegaram a um entendimento para os regressos a Alvalade de Francisco Geraldes e Daniel Podence, conforme noticiado em primeira mão pela edição online de O JOGO: a dupla apresenta-se na Academia depois da final da Taça da Liga, este domingo, e ao clube minhoto rumam outras duas promessas que atuam nas mesmas posições, nomeadamente Wallyson para o miolo (esteve até agora cedido ao Standard Liège, onde foi pouco utilizado por problemas físicos) e Ary Papel para as alas do ataque (o angolano chegou recentemente após brilhar no Girabola e ainda só fez dois jogos pelo Sporting B).

"É a concretização de um sonho, Podence e Geraldes sempre estiveram motivados e "apertaram" no trabalho para terem sucesso e chegarem à equipa principal. É um passo bem dado pelo Sporting, mas eu esperava que a avaliação esperasse até ao final da época. Estão preparados. Não prevejo que entrem logo no onze, mas vão os dois lutar até à exaustão para jogar. Vão dar luta aos titulares", comentou a O JOGO Jean Paul, antigo responsável pela formação leonina que acompanhou o crescimento dos dois atletas. A eventual falta de competição nos leões, até final de temporada, é uma preocupação tendo em conta a progressão da dupla, mas Jean Paul lembra que "treinar com os melhores também permite evolução".

Em termos individuais, o ex-dirigente dos leões destaca, em Podence, a "autoestima elevada e a capacidade para desequilibrar". "É explosivo e criativo. O que mais o distingue é a coragem na abordagem de lances de um para um. Pode jogar por dentro ou pela ala", explica.

Sobre Francisco Geraldes salienta "o sentido coletivo apurado". "É um jogador de equipa, intenso, que pensa e decide rápido, melhorou nos duelos individuais. É um médio com muito bom último passe. A vontade de aprender foi evidente quando, na formação, passou a jogar mais com o pé menos forte para evoluir. Hoje, quase não se nota a diferença. Revela grande maturidade", conclui.

Rafael Toucedo