Esta quarta-feira, Richie Porter festejou a vitória na segunda etapa do Tour Down Under sozinho, pois o governo proibiu a presença das raparigas de pódio, considerando que é sexista
A mulher bonita, o ramo de flores e o beijo fazem parte de qualquer cerimónia de pódio, mas no Tour Down Under, prova australiana que abre a temporada do ciclismo, não tem sido assim.
Esta quarta-feira, Richie Porter, da BMC Racing Team, foi coroado sozinho no pódio, recebendo a camisola do triunfo na etapa de um ciclista júnior.
O governo australiano resolveu acabar com a tradição das raparigas, por considerar que é sexista e coloca a mulher num papel de adorno, dando origem ao debate. Alguns ciclistas já se pronunciaram.
"A minha mulher costuma fazer cerimónias de pódio, eu conhecia aqui. Elas não estão cá só por ser bonito, elas são hospedeiras. É ridículo, não consigo entender", defendeu Koen de Kort, companheiro de equipa do português Rúben Guerreiro (Trek-Segafredo).
Pelo menos já se sabe que a moda não vai pegar em Espanha, de acordo com o diretor da Vuelta, Fernando Escartín. "Sou a favor que as mulheres continuem a fazer parte das cerimónias de pódio. Sempre é mais elegante ser uma rapariga a dar o ramo de flores. Não vai ser um barbudo, não é?".