Opinião

A pista da Tapadinha

O Sporting B não é, afinal, um portento assim tão grande, mas o Sporting A pode agarrar-se a uma certeza: era impossível pedir-lhe mais nesta pré-época

A pista de ontem estava no Estádio da Tapadinha. De um lado, o Atlético - uma equipa da II Liga como todas as demais - e, do outro, o Sporting B, o mesmo que há um par de semanas abarbatou a Taça de Honra de Lisboa ao Estoril e encheu de ilusão os corações maltratados dos sportinguistas. Resultado do primeiro jogo a sério: 1-0 para o Atlético. Não significa que os bês do Sporting sejam, afinal, uma miséria, nem sequer que tenham sido sobreavaliados: quer dizer só que há um tempo para tudo, e que o tempo de há quinze dias não era o de atirar foguetes.

No respeitante à equipa principal, ontem despedida da pré-época com uma vitória sempre notável sobre a Fiorentina, a pista da Tapadinha sugere calma nas avaliações, sem obstar a um otimismo moderado. Dos jogos de preparação, o importante a retirar é que era impossível pedir mais e que alguns desempenhos até superam o expectável num grupo de jogadores ainda muito inexperiente, apesar dos esforços evidentes para combater essa falha.

Os sportinguistas não estarão a exorbitar se concluírem, do defeso, que a nova equipa parte para o campeonato sem limites preestabelecidos, mas na condição de compreenderem que isso não significa que não tenha limites. A parte bonita do futebol é justamente descobri-los. A partir da semana que vem.