Jesualdo não quer só renovar e deixa em aberto a possibilidade de ficar em Alvalade até final da carreira
Parecem cada vez mais convergentes as ideias da Sporting SAD e de Jesualdo Ferreira sobre o futuro. Tal como O JOGO oportunamente noticiou, o técnico tem a hipótese de continuar a comandar a equipa leonina, que resgatou quase do fundo da tabela classificativa, por mais duas épocas. Sem levantar a ponta do véu, o professor sempre foi dizendo quão preenchido se sente com a onda crescente de aceitação que vai granjeando entre a família sportinguista e que andar de leão ao peito poderá mesmo ser a sua sina até pendurar o apito de técnico e gozar a reforma que já perspetiva, com a gratificação própria de quem está de bem com décadas de trabalho até atingir o sucesso.
Têm surgido notícias que dão nota de reuniões suas com o presidente Bruno de Carvalho, numa altura em que o seu nome gera cada vez mais consenso entre os sportinguistas. Espera terminar no Sporting?
Acabar a carreira no Sporting? Porque não? Posso até acabar este ano. Já tenho idade para isso, trabalhei muito e ganhei o que tinha a ganhar. Agora com estas questões da reforma e com os cortes anunciados pelo primeiro-ministro... é melhor mesmo começar a pensar nisso, se é melhor continuar a trabalhar ou então parar [risos]. Não vou é dizer que esse consenso junto dos sócios e adeptos não me agrada. Claro que agrada, ainda para mais depois de chegar como cheguei ao Sporting, naquele momento complicado e com um passado nunca ligado ao clube. Tenho tido uma relação de honestidade para com todos, em especial com a sua massa associativa e, portanto, é muito gratificante sentir isso. Porém, todas essas questões terão o seu tempo para serem resolvidas. O Sporting tem de resolver primeiro a sua vida, e eu também. Posteriormente será comunicado, no momento certo, o que vai acontecer. Será certamente o que se revelar melhor para mim e melhor para o Sporting.
Esta aproximação pode significar que o professor está a preparar a próxima temporada?
Não significa nada; significa que temos de conversar com a administração e saber quais as ideias que se têm. Quando abrimos os jornais e vemos que um ganha isto e outro ganha tanto, nada disto é bom. As nossas conversas pontuais e avulsas têm a ver mais com o controlo emocional destas situações. Esta é a minha função, pois a notícia anda muito com a perna longa. Nada com o que tenha a ver com a ideia de que se esteja a cozinhar alguma coisa que nos possa desviar do que é o mais importante, que é o Sporting, a sua estrutura e, acima de tudo, o que é o seu futuro.